sexta-feira, 26 de junho de 2009

Feira de Artes e Ofícios








O Gabinete de Estudos Olisiponenses e a Junta de Freguesia de S. Domingos de Benfica, vão realizar, este Sábado (27/06/09), das 10h às 18h, no Terreiro do Jardim do Beau Séjour, uma Feira de Artes e Ofícios.

Em exposição e para venda, encontrar-se-ão peças de artesanato urbano, objectos decorativos, pequenas prendas ou o que a imaginação do criador lhe puser nas mãos.
Uma verdadeira montra de artigos onde tudo é original, artesanal e feito à mão!

Paralelamente, decorrerão uma série de outras actividades (a pensar em toda a família):

- Visite o Palácio e conheça "O Objecto e a Arte de Fazer na Lisboa dos séculos XIX-XX", através da Mostra Biblio-Iconográfica em exibição na Sala Rafael Bordalo Pinheiro;

- Passeie no Jardim Romântico embalado na selecção musical escolhida propositadamente para este evento;

- O seu bebé ou criança pode divertir-se aprendendo a falar Inglês através do método ministrado pela Helen Doron Early English, ou simplesmente participar num passatempo e sorteio, recheado de surpresas para os vencedores.





quinta-feira, 25 de junho de 2009

[RESOLVIDO]- APELO: "Gata encontrada em Benfica - Deve ter dono..."




Actualização de 04/07/09:

Os donos desta gatinha nunca chegaram a aparecer, apesar de toda a divulgação que foi sendo feito por quem a encontrara.

No entanto, esta menina ganhou uns novos donos, pois a Marisa, que a recebeu em FAT (Família de Acolhimento Temporário), rendeu-se aos seus encantos e já não a deixa sair de sua casa.

É muito bom saber que ainda existem finais felizes! :)










Esta gatinha tem aproximadamente 6 meses e foi encontrada a deambular (com coleira) na zona do Cemitério de Benfica, há cerca de 2 dias.

Poderá estar perdida ou ter fugido de casa, ou, simplesmente, ter sido abandonada.

Pedimos a todos os nossos leitores que divulguem este apelo junto dos vossos contactos residentes na freguesia de Benfica, pois os donos desta gatinha poderão andar preocupados à sua procura.

A pessoa que recolheu esta gatinha não pode ficar com ela porque já tem outros animais, pelo que, caso alguém se possa disponibilizar a servir de Família de Acolhimento temporário (FAT) a este animal, enquanto os seus donos não aparecem, seria também muito útil.










sexta-feira, 19 de junho de 2009

"CALOR" - O Fim










Acreditámos que a sua morte anunciada, poderia estar mais longe do que pensáramos...

Afinal, a casa que outrora pertenceu aos irmãos Serpa, os famosos hoquistas, tombou hoje, dia 19 de Junho de 2009.

No seu lugar aparecerá, certamente, mais um prédio a inundar a Benfica antiga, que é pena não ser melhor preservada, à semelhança do que alguns têm feito.





Nota Explicativa:

A freguesia de Benfica, à semelhança de outras freguesias de Lisboa, é ainda constituída por um núcleo histórico, datando do século XIX, o qual se estende desde o Largo Ernesto da Silva, passando pelos edifícios remanescentes da antiga Quinta do Tojalinho, nas traseiras da Igreja de Benfica, prolongando-se em seguida pela Rua Ernesto da Silva.

Alguns destes edifícios encontram-se incluídos no "Inventário Municipal de Património" da Câmara Municipal de Lisboa (vide in págs. 113 e 114) - ou seja, apesar de não serem pertença do município, são considerados exemplares arquitectónicos históricos dignos de importância (entre os quais se incluêm, a título de exemplo, o Pátio Ripamonti e a Vila Ana e Vila Ventura).

No que diz respeito ao caso concreto do edifício mencionado no presente post, o mesmo não se encontrava incluído nesse Inventário, tal como a casa térrea ao lado da que foi demolida (foto nº 2) e a casa de dois andares nas suas traseiras (foto nº 3 - por sinal, foi nesta casa que viveu o patriarca dos Lobo Antunes - bisavô da geração actual -, antes de se ter mudado para esta outra - verificar informação mais detalhada nesta entrevista) também não se encontram.

No entanto, à semelhança do que felizmente já vai sendo feito em alguns pontos desse núcleo mais antigo de Benfica, talvez, fosse interessante que estes conjuntos habitacionais fossem preservados e mantidos (como forma de perpetuar a história de Benfica), podendo mesmo ser utilizados para serviços comunitários (como Bibliotecas, Centros de Dia, Creches, etc.).










segunda-feira, 15 de junho de 2009

[URGENTE]- Pedido de Testemunhos sobre o Cinema Turim





No âmbito do trabalho que temos vindo a desenvolver neste blog fomos, muito recentemente, contactadas por um estudante de Jornalismo da Escola Superior de Comunicação Social (sita em Benfica), que nos solicitou ajuda para a elaboração de um trabalho que terá de realizar na cadeira de "Rádio".




(Clicar na imagem para ampliar)





Para este trabalho jornalístico, o Hugo Jorge gostava de recolher alguns testemunhos de pessoas que tenham vivido os tempos áureos do mítico Cinema Turim.

Consideramos que este é um trabalho extremamente interessante, sobretudo, numa altura de transição, em que esse espaço se encontra em obras, para dar lugar, brevemente, a uma outra forma de arte.

Nesse sentido, pedimos a todos os nossos leitores que estejam interessados em dar o seu testemunho para este trabalho que contactem, com a maior brevidade possível (o prazo e entrega do trabalho avizinha-se), o Hugo Jorge por e-mail para:
hugojorge89@gmail.com

Ficamos muito contentes de saber que este nosso blog pode também transformar-se num espaço activo de partilha e comunicação entre aqueles que nos vão lendo diariamente e os que chegam até nós por mero acaso!

E fazemos votos para que o trabalho do Hugo decorra pelo melhor e que, no final, ele nos deixe aqui publicar alguns excertos do mesmo.







domingo, 14 de junho de 2009

"Domingo irei para as hortas"




"Domingo irei para as hortas na pessoa dos outros.
[...] Haverá sempre alguém nas hortas ao domingo."


Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa),
Anos 30.





"Retiro do Caliça, arredores de Benfica" (c. 1904),
Paulo Guedes, in Arquivo Municipal de Lisboa





Nas antigas hortas, o fado foi rei e senhor, ao lado do jogo do chinquilho, dos bailaricos e das pataniscas de bacalhau com salada - salada fresca de alface, donde os lisboetas receberam, para sempre, a sua alcunha de "alfacinhas".

Foi forte a tradição das hortas, para onde marchava a fidalguia, a burguesia e a ralé.
De Arroios a Sacavém, os retiros acompanhavam os viajantes, que em qualquer deles se podia deleitar com o peixe frito na frigideira, pastéis de bacalhau, sardinha assada, coelho guisado - e a imprescindível salada que se queria, como dizia o rifão, "temperada por um cego e mexida por um doido". Tudo, evidentemente, bem regado.

Ia-se para as hortas de tipóia ou de caleche - e a pé, quando o dinheiro não dava para mais, começando a temporada na segunda-feira de Pascoela.
Era o divertimento preferido dos lisboetas que, de certo, nunca pensaram em vê-las desaparecer um dia. (*)




"Grupo a almoçar no Retiro do Caliça, situado na Estrada dos Salgados, arredores de Benfica" (c. 1904),
Paulo Guedes, in Arquivo Municipal de Lisboa




Em Benfica, os retiros mais conhecidos eram o das Pedralvas e o do Charquinho.

Nos seus arredores, na Estrada dos Salgados (onde hoje se situa a Falagueira - Amadora), um de elevado renome era o Retiro do Caliça, lugar afamado de boa comida e vinho onde cantava o marialva e foram "descobertos" muitos grandes nomes do fado dessa época. (**)





"Retiro do Caliça. Em 2º plano vê-se o Cemitério de Benfica" (c. 1904),
Paulo Guedes, in Arquivo Municipal de Lisboa



A cidade foi crescendo, alargando-se, expropriavam-se terrenos para construção de novos bairros - e os prazeres bucólicos dos domingos campestres perderam-se para sempre. (**)







Bibliografia consultada para elaborar este post:

(*) VIEIRA, Alice; FERREIRA, António Pedro.
Esta Lisboa. Lisboa: Leya, 1993. 200 p.

(**) CARMO, José Pedro. "As hortas", In:
Evocações do passado: o fado, touradas, tipos populares das ruas, bailes campestres, o carnaval, as hortas, as feiras e teatros. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1943. - p. 115-138.

(**) LEAL, Gomes. "As hortas", In:
Histórias de Lisboa: antologia de textos sobre Lisboa / compil. Marina Tavares Dias. - 1ª ed. - Lisboa : Quimera, 2002. - p. 178-179

CONSIGLIERI, Carlos. "A cultura dos retiros". In: Olisipo : boletim do Grupo Amigos de Lisboa. - Lisboa. - S. 2, nº 3 (1996), p. 73-77









sábado, 13 de junho de 2009

Depois do Abate







Depois do abate, a ciclovia está quase concluída e três novas árvores foram plantadas no local das que dali desapareceram.







E será que alguém me consegue explicar porque é que as três árvores mais antigas foram, de facto, cortadas?

É porque, a julgar pelas fotografias acima, apesar do ponto de onde ambas foram tiradas não ser o mesmo, constatamos que as árvores se encontravam alinhadas ao mesmo nível do poste de electricidade onde se encontra um caixote do lixo... a alguma distância da dita ciclovia (e onde agora foram re-plantadas as jovens árvores da mesma espécie das anteriores).





Felizmente, para o negócio da venda de jornais por ali existente, conseguiram a proeza de realizar a dita obra sem sequer a removerem do seu local (ou abaterem)... apesar das pedras da calçada a continuarem a deixar numa situação periclitante.







sexta-feira, 12 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

PARA VENDA: 1º andar...




... para quem tiver muita sorte no Euromilhões!






O Nº 166 da Estrada de Benfica, situado paredes meias de um lado com o Jardim Zoológico e do outro lado com o Chafariz das Águas Boas, esteve durante largos anos votado ao abandono; até que, há cerca de 2 anos, se iniciaram trabalhos de remodelação, tendo o produto final resultado no que podem ver nas fotografias.

O que mais estranhei nessa altura foi o facto dos seus proprietários terem colocado a insígnia "Palácio dos Condes de Farrobo" na fachada do imóvel, quando, na verdade, os limites desse outro palácio parecem já se encontrar muito bem definidos (e deles este Nº 166 não fazer parte).

Paralelamente, pus-me também a congeminar sobre quem teria a sorte de se ir mudar para aquele antigo palacete de 2 andares... os funcionários de alguma empresa que aí constituiria a sua sede, ou um particular muito (mas mesmo muito) afortunado.

Esta manhã, ao passar ali perto, deparei-me com um dos seus andares para venda. Fui investigar e, afinal, parece que o palacete se encontra dividido em 6 magníficos apartamentos, cada um com cerca de 120 m2 de área.

Caso algum leitor deste blog esteja a considerar mudar de casa, se esta semana ganhar no Euromilhões, pode consultar aqui o anúncio do apartamento num palacete do século XIX para venda.








terça-feira, 9 de junho de 2009

Em busca de... - II





A Travessa do Rio fica situada num pequeno beco entre a Estrada de Benfica e a Avenida Gomes Pereira.






Quando vimos de lado da Estrada de Benfica, ao passarmos pelas arcadas de um prédio ali mesmo ao pé da paragem de autocarros, vislumbramos logo um imponente edifício, de linhas arquitectónicas a destoarem do resto da paisagem.






No Nº 14 da Travessa do Rio situa-se este enigmático edifício, fechado já há alguns anos. O seu portão assemelha-se ao das antigas fábricas que existiam dentro da cidade de Lisboa (e as duas chaminés que ladeiam o seu telhado, parecem querer confirmar que se trataria de uma fábrica qualquer), mas as dúvidas sobre as suas origens perderam-se já no tempo.





À semelhança do que já aqui fizéramos, lançamos mais um repto aos nossos leitores, para que, caso conheçam as origens deste edifício, nos enviem alguma informação sobre o mesmo.









segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Convento de Santo António da Convalescença





"Convento de Santo António da Convalescença" (s/ data),
E duardo Portugal, in Arquivo Municipal de Lisboa





O Convento de Santo António da Convalescença foi fundado em 1640, mas só em 1650 nele teriam entrado os primeiros religiosos.




"Convento de Santo António da Convalescença, à esquerda" (27/09/1953),
Fernando Martinez Pozal, in Arquivo Municipal de Lisboa





Construído no local chamado da Cruz da Pedra, serviu durante muitos anos de hospício a religiosos enfermos que, depois de curados na enfermaria do Convento de Santo António dos Capuchos, ali se recolhiam para convalescerem, sempre assistidos por outros religiosos.

A Igreja do Convento servia também de Panteão da Família Sousa Coutinho, quando, em 1755, foi arrasada pelo Terramoto.
Reconstruída após o terramoto, viria a ser demolida já no século XX.



"Convento de Santo António da Convalescença, fachada principal" (1968),
Armando Serôdio, in Arquivo Municipal de Lisboa





Uma das particularidades deste edifício prende-se com o facto do corpo principal do mesmo ser forrado a azulejos distintos dos das suas duas laterais, o que lhe confere uma certa originalidade.

De salientar que a grande maioria destes azulejos encontram-se em perfeito estado de conservação, o que se vem tornando muito raro em Lisboa.



"Frades de pedra, pertencem ao Convento de Santo António da Convalescença" (27/09/1953),
Fernando Martinez Pozal, in Arquivo Municipal de Lisboa




Neste antigo Convento estiveram instaladas duas escolas: a Escola Técnica Elementar de Pedro de Santarém e a Escola Preparatória Professor Delfim Santos.

Hoje encontra-se aí instalada a Universidade Internacional.






- O Chafariz das Águas Boas ou da Convalescença -







A rainha Dª. Maria I requereu, através de provisão de 12 de Dezembro de 1791, que os directores da Real Obra das Águas Livres estudassem as nascentes que poderiam vir a abastecer chafarizes nas estradas da Convalescença (actual Estrada de Benfica) e das Laranjeiras (uma vez que os moradores dessa zona já, por diversas vezes, tinham pedido à Direcção da Real Obra a construção de chafarizes ou fontes nestes locais).

O Chafariz das Águas Boas ou de Santo António da Convalescença só viria a ficar concluído no início do século XIX, em 1817.



"Chafariz de Santo António da Convalescença" (1968),
Armando Serôdio, in Arquivo Municipal de Lisboa





Situado numa meia-laranja frente à fachada do Convento de Santo António da Convalescença, o seu encanamento vinha desde São Domingos de Benfica encostado ao muro da Quinta da Senhora Infanta Dª. Isabel Maria.
Este encanamento entupia-se inúmeras vezes por causa das raízes.



"Chafariz de Santo António da Convalescença" (1960),
Arnaldo Madureira, in Arquivo Municipal de Lisboa



Na sua fachada destaca-se a seguinte inscrição: 'Real obra de Agoas Livres. Anno de 1817', sobrepujada pelo escudo das armas de D. João VI, encimado pela coroa real. Por sua vez, no plano superior do tanque do chafariz distingue-se um pequeno nicho com uma sanefa e laço central que se desenvolve até às 2 bicas.





Trata-se de uma peça de grande originalidade e individualidade relativamente às restantes estruturas das Águas Livres, sendo possível filiá-lo numa tipologia devida a Carlos Mardel que reúne de forma única o neoclássico da época, o barroco romano e o rocaille decorativo francês.









Bibliografia consultada:

Diversos, Convento de Santo António da Convalescença, in Lisboa: Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica. A. 2, nº 5 (DEZ. 1989), p. 23-24 : il.

Website do Projecto "Revelar Lx"

FLORES, Alexandre M. - Chafarizes de Lisboa. Lisboa : Inapa. 1999.








domingo, 7 de junho de 2009

sábado, 6 de junho de 2009

Ainda não foi desta!...











Afinal, parece que ainda não foi desta que o Nº 44 da Rua Ernesto da Silva foi abaixo (como temíamos)!

O trânsito ficou, apenas, condicionado entre o lanço que vem da Rua dos Arneiros, que atravessa parta da Rua Cláudio Nunes e vem desembocar na Estrada de Benfica, precisamente ao lado desta casa, para se dar continuidade aos trabalhos de repavimentação das estradas de Benfica.

E os operários aproveitaram este local "idílico" (normalmente utilizado para estacionamento) para aí colocarem o seu "centro de operações".