sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Em directo com a TSF nas Vilas...






[clicar na imagem para aceder ao link da TSF e ouvir a reportagem]


... Em directo, no Noticiário das 18h, ao minuto 05.56.




Fernando Teixeira (morador-inquilino da Vila Ventura) a ser entrevistado por António Pinto Rodrigues (TSF).
Fotografia de Alexandra Carvalho (2010)





[clicar na imagem para aceder ao link da TSF e ouvir a reportagem alargada sobre o Passado da Vila Ana e da Vila Ventura em contraposição com o seu Presente]





Muito obrigada à TSF e ao jornalista António Pinto Rodrigues pelo interesse!

Aproveitamos, também, para agradecer à jornalista Rosa Carreiro, da LUSA, pela excelente peça que hoje fez a propósito do término do prazo para a conclusão das obras de conservação nas Vilas!




Neste final de ano, o Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura gostaria, ainda, de agradecer a todos os jornalistas (do "Diário de Notícias", "Jornal de Notícias", "Metro", "Público", "Agência LUSA", "RTP1", "Antena 1", "SIC" e "TSF") que connosco contactaram, não só pelas peças que fizeram a propósito da nossa luta por esta Causa, mas, sobretudo, pela simpatia e cordialidade com que sempre nos trataram!
Muito obrigada a todos/as e votos de um excelente 2011!






31 de Dezembro de 2010...





Copyright - Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura (2010)




... Termina hoje o prazo para que a empresa proprietária das Vilas concluísse as obras de conservação a que foi intimada pela CML... sem que estas tenham sequer sido iniciadas (ou se vislumbre, no local, qualquer indício de que isso venha a suceder)!

Durante este ano, o Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura pautou a sua luta por esta Causa pela honestidade e clareza dos seus objectivos, dando conhecimento atempado neste blogue, a todos os habitantes de Benfica e pessoas interessadas, sobre o ponto de situação de todo este processo.

Temos, todavia, conhecimento que há conversações e, sobretudo, "jogadas", que têm decorrido nos bastidores, onde (outros) "valores" mais altos se levantam.

Terminamos o ano de consciência tranquila, com a certeza de termos encetado uma luta correcta, nobre e justa pelo (muito) pouco património material que ajuda a construir a História da nossa freguesia, do qual as Vilas são um dos exemplos representativos.
E entraremos em 2011 com a certeza absoluta de que continuaremos a lutar, contra ventos e marés, contra os poderes e (outros) "valores" instituídos, pelo património histórico da nossa freguesia, o qual devemos saber preservar e perpetuar para as gerações futuras… ou correremos o risco de não ter futuro, por alicerçarmos a nossa História unicamente sobre o betão com que os nossos governantes teimam em emparedar as nossas cidades.

Antes que o ano se finde, queremos, assim, aqui deixar o nosso compromisso de honra a todos os que têm acreditado nesta Causa (e a nós se têm juntado), que, em 2011, continuaremos a lutar, exigindo que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) obrigue a empresa proprietária das Vilas (da qual é director o Dr. Henrique de Polignac de Barros - Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários) a realizar as obras de conservação a que foi intimada (não continuando a protelar e arrastar o estado de degradação em que as Vilas se encontram); ou, em alternativa, e de acordo com a Recomendação aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa (e, conforme o Movimento de Cidadãos vem solicitando desde o início), que a CML promova uma solução de consenso para o futuro das Vilas, salvaguardando as vertentes social e cultural e tendo em conta as necessidades da nossa freguesia.

A todos os que têm acreditado nesta Causa e na nossa luta, uma palavra de grande apreço e os nossos votos sinceros de que 2011 seja um ano (bem) melhor do que aquilo que alguns preconizam!

O Futuro reinventado não é impossível... Está nas nossas mãos torná-lo realidade!
Experimentem!



P'lo Movimento de Cidadãos

(Alexandra Carvalho)





quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Feliz 2011!





Concepção gráfica - Alexandra Carvalho (2010)

[clicar na imagem para ampliar]




Fazendo votos para que, contrariamente aos maus agoiros que por aí andam, 2011 seja um ano de muita prosperidade e, sobretudo, serenidade, que nos permita a todos reflectir sobre os valores e a forma como queremos conduzir doravante a nossa sociedade, face à conjuntura que se vive actualmente...

Gostaria, ainda, de aqui deixar a minha gratidão e homenagem a todos aqueles que, durante este ano, ajudaram a dinamizar o nosso "Retalhos de Bem-Fica" e todas as actividades que temos vindo a desenvolver!








Que 2011 seja, também, um ano em que mais cidadãos da nossa freguesia (e não só) se consciencializem do poder que a sua intervenção cívica pode ter no desenvolvimento dos lugares onde vivem!...



(Alexandra Carvalho)






terça-feira, 28 de dezembro de 2010

"Pequenas estórias de uma livraria de Benfica..." (1)







Fotografia de José Antunes Ribeiro (2010)




Em 2009 entrou-nos pela porta da livraria um gatinho. Baptizou-se com o nome "Salvador". Mas tratava-se de uma gatinha e passou a ser a "Salva"...

Durante todo o tempo que viveu na livraria criou uma enorme empatia com centenas de adultos e crianças que a viam na montra, nas mesas, nas estantes!
A sua imagem a dormir na montra é ternurenta e inesquecível. Estabeleceu laços até com pessoas que nunca entraram na loja.

A gatinha "Salva" vive hoje tranquilamente na nossa (e sua!) casa. Um dia decidiu mudar-se. Estava à porta da rua e entrou... comigo no elevador!

São inúmeras as crianças e adultos que continuam passado todo este tempo a tentar saber dela, onde está, como está, enfim... deixou muitas saudades.

A nossa amiga Xana (do "Bazar dos Ronrons") foi (é) a madrinha que a apoiou desde a primeira hora e a tornou conhecida. São dela as primeiras fotos. São dela os textos que circulam na internet.

Esta gata, nesta livraria, foi um muito bom sinal... Coincidiu com mudanças que eram inevitáveis e que ainda estão em curso...

Diz-se que os gatos têm sete vidas. Nós acreditamos que sim... Por isso vamos continuar com mais energia!...
E saudamos todos os nossos amigos desejando-lhes um 2011 com muita ... Saúde... e alguns trocos para gastos...



(JAR)






domingo, 26 de dezembro de 2010

Festa de Natal na UNISBEN (encerramento do ano lectivo)





Realizou-se, no passado dia 17/12/10, a Festa de encerramento de mais um ano lectivo na UNISBEN - Universidade Intergeracional de Benfica.

Aqui vos deixamos com o testemunho da Luísa Pereira, aluna e membro da Comissão de Alunos, e as fotografias do José Lila e do Fausto Castelhano...




Vídeo de Alexandra Carvalho (2010)







sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas do "Retalhos de Bem-Fica"






Vídeo de Alexandra Carvalho (2010)












terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Bairro da Boavista degradado e isolado"




Lisboa: Moradores acusam câmara de falta de interesse

Bairro da Boavista degradado e isolado

In Jornal "Correio da Manhã"
Ana Carvalho Vacas com LUSA (Rosa Carreiro)


Um dos bairros sociais mais antigos de Lisboa – o bairro da Boavista, situado na freguesia de Benfica – está em avançado estado de degradação e isolamento. Os moradores apontam o dedo à "falta de interesse" da Câmara de Lisboa e da Junta de Freguesia, embora reconheçam que ambas estão muito mais atentas para os problemas.



Fotografia de António Cotrim (LUSA)


No topo das preocupações está o estado das habitações, situação denunciada pelos azulejos partidos, pelas infiltrações de água e pela existência de fendas nos edifícios. Um problema agravado muitas vezes pela falta de responsabilidade e cuidado dos moradores. "A Câmara Municipal está a dar casas a pessoas que as degradam, pondo de parte as famílias de raiz deste bairro", acusa o morador Joaquim Pinto, de 24 anos, denunciando que há muitas casas vazias.

A falta de iluminação é outro problema. No bairro da Boavista há 15 candeeiros apagados. Joaquim Pinto garante que já comunicou a situação à autarquia e que esta lhe disse já ter resolvido o problema. A verdade é que os candeeiros continuam apagados, o que, para os moradores, traduz a falta de atenção da autarquia perante os problemas da Boavista.

A falta de luz potencia outro problema: a insegurança. E para a combater falta policiamento. "Durante a noite, há apenas dois polícias nas ruas", explica o morador, responsável pelo blogue do bairro da Boavista, que em muito contribuiu para chamar a atenção da Câmara e da Junta de Freguesia .

Faltam também transportes, o que impede as pessoas de saírem do bairro. "Os idosos não têm meios para se deslocarem e levantarem as reformas", denuncia.

Além de quererem melhorar a qualidade de vida, os moradores esperam ver reconhecida a importância histórica de um dos primeiros palcos das políticas habitacionais do Estado Novo e dos processos de realojamento das últimas décadas."




A ler no blogue do Bairro da Boavista, as impressões sobre esta visita da LUSA.





domingo, 19 de dezembro de 2010

2º Jantar do nosso Blogue




(texto de Luísa Pereira)



Decorreu ontem (18/12/10), num restaurante em Benfica, o 2º jantar do Blogue "Retalhos de Bem-Fica".
Confraternizaram colaboradores e vários outros cidadãos que se identificam com este projecto.

Observei que a faixa etária era abrangente - dos 14 aos 80 anos de idade, um largo universo de mentes vocacionadas: para a defesa do património da nossa Freguesia, pelo equilíbrio social da nossa comunidade, divulgação de eventos culturais, etc.




Dª. Judite (primeira foto) e Tiago Ferreira (segunda foto) a apresentarem-se aos restantes convivas, aquando da sessão introdutória com vista a que todos se conhecessem um pouco melhor.

Fotografias de Alexandra Carvalho (2010)




Não havia velas acesas, mas pensamentos iluminados; como os mais idosos gostam de passar o testemunho das vivências e memórias não desbotadas das suas vidas, suas expressões, olhares, sorrisos, brilham e bailam nas recordações.



Num dos recantos da mesa, leitores do nosso blogue (de áreas profissionais bastante distintas e que ainda não se conheciam), trocam animadamente ideias sobre a Arte.

Fotografia de Alexandra Carvalho (2010)



Registaram-se alguns momentos de maior emoção, com a leitura dos cartões de Natal e a oferta de lembranças à criadora do blogue, Alexandra e à Rosa, jornalista da LUSA.
Duas jovens promissoras, preocupadas com valores patrimoniais, legados de gerações passadas; correm para assembleias da Junta, da Câmara, escrevem, denunciam, as forças poderosas, ocultas, que se atravessam nos sonhos, de quem inocentemente sonha.



Rosa Carreiro (esq.) e Alexandra Carvalho (dir.)

Fotografia de Mário Pires (2010)




Para finalizar – o espumante refrescou sentimentos, palavras borbulharam nas taças.
As causas justas nos unem!



José Morais Ferreira abrindo as garrafas de champanhe.

Fotografia de Alexandra Carvalho (2010)





Quero agradecer a todos, o rico e humano convívio!









sábado, 18 de dezembro de 2010

Acção de Natal nas Vilas





O Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura assinalou esta manhã a sua luta com mais uma das acções de sensibilização que mensalmente vinha empreendendo (até Julho deste ano) - uma "Acção-Surpresa de Natal pelas Vilas", visando chamar a atenção da opinião pública em geral para os seguintes factos:

- Durante o mês de Dezembro celebra-se um ano sobre a criação do Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura;

- A 31/12/10, termina o prazo estabelecido pela Câmara Municipal de Lisboa para que a empresa proprietária das Vilas conclua as obras de conservação a que foi intimada (sem que estas tenham sequer sido iniciadas).








Esta manhã, junto às Vilas, foram colocados, simbolicamente, vários enfeites de Natal, enquanto a Tuna da UNISBEN - Universidade Intergeracional de Benfica abrilhantou este momento com a sua boa música e elementos do Movimento de Cidadãos distribuíam um folheto-informativo aos transeuntes.

Esta Acção de Natal pelas Vilas teve a cobertura jornalística da SIC, da Agência LUSA e do "Jornal de Notícias" (estes dois últimos meios de comunicação social vêm já acompanhando há bastante tempo a nossa luta).
Agradecemos a todos os jornalistas e repórteres de imagem dos medias citados pelo interesse demonstrado nesta Causa, assim como pela sua simpatia aquando da cobertura da mesma.








Reportagem transmitida no "Primeiro Jornal" da SIC (18/12/10)

[para visualizar a reportagem, clicar até ao minuto 21.50]





Reportagem da LUSA (18/12/10)


[clicar na imagem para aceder ao texto]




Este foi, também, um momento de contacto com a população local e de auscultarmos o sentimento, cada vez mais intenso em Benfica, de que, graças ao nosso trabalho, depois de um ano, as pessoas "apropriaram-se" das Vilas e sentem-nas como suas... como constituindo (o seu) património histórico que desejam ver salvaguardado.

No Movimento de Cidadãos, muito nos sensibilizou a todos a atenção demonstrada por uma senhora de 87 anos, tendo, com entusiasmo, integrado o nosso grupo a dançar, depois de lhe ter sido explicado os objectivos pelos quais ali estávamos (este foi, também, um momento de alegria que nos orgulhamos de poder ter concedido à solidão vivida por mais uma idosa na nossa freguesia).
Foi, também, com muita alegria que recebemos as palavras do Sr. João Pires sobre o nosso trabalho, ao ser entrevistado para o "Jornal de Notícias"; e os contactos do vizinho arquitecto (que connosco quer colaborar) e da vizinha dos prédios das traseiras das Vilas (que ficou de sensibilizar as pessoas do seu prédio para a nossa Causa).
Apenas, assim, unidos e lutando em uníssono, poderemos demonstrar a quem de direito que Benfica não está adormecida na luta pelo (pouco) património histórico material que ainda lhe resta!
Pelo que aqui deixamos a nota a todos que, com a chegada do próximo ano, encetaremos novas formas de luta por esta Causa, tendentes a abranger o máximo de divulgação junto dos habitantes de Benfica.

A Acção foi concluída, após a partida da comunicação social, com um gesto de solidariedade relacionado com esta época, através da oferta de géneros alusivos ao Natal aos 3 Moradores-Inquilinos das Vilas, assim como às 3 pessoas sem-abrigo que, fruto de diversos problemas sociais, se viram obrigadas a procurar refúgio na Vila Ana (as quais procurámos, também, sensibilizar para a necessidade de preservarem o que ainda resta do local onde estão instaladas, assim como de o proteger contra eventuais perigos inesperados que possam surgir).




(Da esquerda para a direita: Cafetaria "Moranguinho", Pastelaria "Monalisa" e UNISBEN)

Direitos de autor das imagens de cada uma das marcas/entidades referenciadas



O Movimento de Cidadãos gostaria de, publicamente, agradecer à Cafetaria "Moranguinho" (Tiago Ferreira e Deolinda Samuel), à Pastelaria "Monalisa" (irmãos Carlos e Fernando) e à UNISBEN (Comissão de Alunos e Direcção), por se terem unido a esta Causa, através da cedência gratuita dos géneros com os quais ofertámos estas pessoas.

Em meu nome pessoal, gostaria, ainda, de agradecer aos 9 outros membros do Movimento de Cidadãos e aos 9 elementos da Tuna da UNISBEN que, nesta fria manhã de Sábado, contra todas as intempéries, permaneceram unidos e empenhados, ajudando a que concretizássemos mais uma belíssima acção de sensibilização.
Os movimentos de cidadãos são constituídos por pessoas e pela riqueza que, cada uma delas, concede aos actos cívicos em que se envolve... por isso mesmo, o meu imenso obrigada a Vocês, pela (importante) partilha que têm dado a esta nossa Causa!



(Alexandra Carvalho)








Actualização de 19/12/10:


Ler aqui a reportagem do "Jornal de Notícias" (de 19/12/10).

Ler aqui a reportagem do "Diário de Notícias" (de 19/12/10), feita com base na peça da Agência LUSA.




sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Acção-Surpresa de Natal... pelas Vilas!




... É já amanhã de manhã!



DIVULGUE & APAREÇA!






[clicar na imagem para aceder ao site]





Pelo 1º aniversário da criação do Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura...

Para celebrarmos (por antecipação) o Natal com todos aqueles que ainda vivem nas Vilas...

Porque Benfica também tem História e merece ser devidamente preservada!...



ACÇÃO-SURPRESA PELAS VILAS...
Este Sábado (18/12/10), 10h30, junto às Vilas









quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Parece que já temos "passadeiras"...





Recebemos hoje a resposta da Junta de Freguesia de Benfica, relativamente ao ofício que endereçámos, a 17/11/10, ao Vogal do Espaço Público, depois de diversos alertas dos nossos leitores...




[clicar na imagem para ampliar e ler]




É muito bom sermos informados, no próprio dia, das situações que se encontram a ser devidamento solucionadas.

Esperemos, agora, que não tarde o processo de contratação pública da Junta de Freguesia de Benfica com vista a adquirir a nova máquina para pintar todas as passadeiras de peões "desparecidas" nas ruas da nossa freguesia.






terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Encontro-Informativo sobre as Vilas com o PPD/PSD + Reunião da AML




O Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura recebeu hoje, junto às Vilas, uma comitiva de 4 deputados municipais do Grupo do PPD/PSD na Assembleia Municipal de Lisboa.



Copyright da fotografia: Grupo Municipal do PPD/PSD (2010)



Neste encontro-informativo, o Movimento de Cidadãos deu conta aos deputados municipais das suas preocupações relativamente ao facto da intimação da Câmara Municipal de Lisboa para a realização de obras de conservação ainda não ter sido devidamente cumprida pela empresa proprietária das Vilas (sobretudo, tendo em linha de conta a Recomendação pelas Vilas, aprovada por unanimidade, em Abril passado, pela Assembleia Municipal de Lisboa).

O Movimento de Cidadãos coloca sérias reservas a este protelar do avanço para a realização de obras de conservação, o que deixa transparecer que, eventualmente, pode estar a ser empreendido de uma forma intencional, de modo a que, com o passar dos anos, as Vilas se degradem ainda mais, vindo a correr o risco de ruir... podendo, então, vir a ser demolidas (este é o único factor que permite a demolição de imóveis listados no "Inventário Municipal de Património").

Luís Graça Gonçalves (Vice-Presidente do Grupo Municipal do PPD/PSD) informou os 4 membros do Movimento de Cidadãos que estiveram presentes neste encontro-informativo que, nessa mesma tarde, aquando da sua intervenção na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), iria questionar o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) sobre o facto da grande maioria das moções e recomendações emanadas pela AML não terem qualquer eco junto da CML (sendo que iria referir, entre outros exemplos, o caso da Vila Ana e da Vila Ventura).


Ver aqui a notícia relativa a esta visita no website do Grupo Municipal do PPD/PSD.



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31ª Sessão - 6ª Sessão Ordinária (2ª Reunião)
da
Assembleia Municipal de Lisboa (14/12/10)




Neste âmbito, no seguimento do requerimento escrito do Grupo Municipal do Partido Ecologista "Os Verdes", pedindo informações sobre este assunto ao Presidente da CML, esta tarde, na reunião da AML (a que assistimos online), o Vice-Presidente do Grupo Municipal do PPD/PSD, na sua intervenção, questionou publicamente a propósito de ainda não ter sido dado seguimento pela CML ao principal objectivo da Recomendação pelas Vilas (aprovada pela AML).

Em resposta às diversas questões relacionadas com a Habitação, colocadas pelos deputados municipais da oposição nesta reunião, a Vereadora da Habitação, Arqª. Helena Roseta (que tem intermediado o caso das Vilas dentro da CML), começou por responder, em particular, à questão das Vilas (suscitada pelo Vice-Presidente do Grupo Municipal do PPD/PSD).
A Senhora Vereadora enunciou os mesmos pontos que já tinha avançado anteriormente ao Movimento de Cidadãos, na Reunião descentralizada da CML em Benfica; aproveitando, ainda, para informar a AML que as Vilas são propriedade privada e o seu proprietário é uma pessoa "associativa", que tem bastante conhecimento de leis. Sendo que a CML não se pode, constantemente, substituir aos proprietários nestas questões.
A Vereadora aproveitou, ainda, para referir que é importante que Movimento de Cidadãos esteja a ser tão activo, pois só assim se salva património.








segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Stand-Up Comedy: "Sexo, Poesia e Passadeiras Homicidas!"




O título desta stand-up comedy não podia ser mais oportuno (e actual), tendo em conta a infindável saga das passadeiras de peões em Benfica!...



Direitos de autor de reprodução do cartaz - "Dois Dedos de Comédia"

[clicar na imagem para ampliar o cartaz]





"3 comediantes levam a cena 2 dedos de comédia para fazer rir pessoas com 2 dedos de testa que querem mais do que 2 dedos de conversa."
(**)

O Grupo "Dois Dedos de Comédia" - nascido em Benfica -, constituído por Eduardo Ramos, Fábio Carvalho e Marco Rebelo, levou anteontem ao Teatro Turim a sua stand-up comedy intitulada "Sexo, Poesia e Passadeiras Homicidas!".

Não percam a próxima apresentação ao público, no dia 18 de Dezembro, às 17h, no Teatro Turim.






(**)- In página do Facebook de "Dois Dedos de Comédia"

domingo, 12 de dezembro de 2010

O Teatro





(texto e fotografia de JCDuarte)







Ver, na penúltima representação de uma peça de teatro, a sala confortavelmente cheia até meio, é um prazer.
Bem sei que é uma sala pequena, de bairro. Bem sei, também, que a maioria do público que ali esteve reside nas proximidades, por aquilo que fui ouvindo enquanto esperava que as portas se abrissem. Também sei que a divulgação da sala e da peça foi feita nas imediações, com abundante mas inteligente distribuição de cartazes, conversas entre vizinhos e na dinâmica da Internet. Da mesma forma que sei que, sendo sábado, a gestão de tempo e as opções de entretenimento diferem notoriamente das dos chamados dias úteis.
Mas constatar que uma sala de teatro, em Lisboa, enche até meio na véspera de sair de cena uma peça, é uma satisfação.
Parabéns ao Teatro Turim, em Benfica, por o estar a conseguir.

E parabéns ao Teatro Turim por ter conseguido deixar-me a pensar no que vi, no lugar de ficar a pensar, apenas, que foi um bom espectáculo. Nos tempos que correm, isso é cada vez mais difícil.
Fico à espera da próxima montagem, mantendo o bom nível da companhia no seu todo e dos actores em particular.








sábado, 11 de dezembro de 2010

Sorteio de 3 Cabazes de Natal - Mercado de Benfica






Direitos de autor de reprodução do cartaz - Junta de Freguesia de Benfica

[clicar na imagem para ampliar o cartaz]




A Junta de Freguesia de Benfica, em colaboração com a Associação dos Comerciantes e Empresários de Benfica (associação de comerciantes do Mercado), encontra-se a apoiar o Mercado de Benfica no desenvolvimento de uma acção de Natal.

Até ao dia 21 de Dezembro (inclusive), em 5€ de compras no Mercado de Benfica, os clientes habilitam-se a ganhar 3 cabazes de Natal (sorteados a 22/12/10).
Para isso, os fregueses deverão preencher um cupão (que lhes será entregue pelos comerciantes), e colocar na tômbola que se encontra à entrada do Mercado.

Este Natal, opte por fazer as suas compras no nosso Mercado de Benfica, ajudando, assim, o comércio tradicional e os comerciantes locais a dinamizarem os seus negócios.






sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Gente de Benfica - V





Em homenagem aos meus Amigos Lúcia & Zé Ribeiro,
no 41º aniversário da "Ulmeiro"... (***)




"Este espaço está na Av. do Uruguai desde 10/12/1969.
Aqui nasceu a Ulmeiro neste dia há 41 anos.
Muita água correu debaixo da ponte!
Era um dia de Outono, a cheirar a Inverno,
como o dia de hoje!

Daqui saúdo fraternalmente todas/todos amigas/amigos
que se cruzaram connosco nesta aventura!

Seja-me permitida uma palavra
para os que estiveram sempre connosco
e já não estão entre nós...
Entre tantos recordo aqui o Zeca Afonso
e o Professor Agostinho da Silva neste dia especial para nós
e reafirmo que vamos continuar com o ânimo de sempre
contra ventos e marés,
até porque é sabido que há mais marés que marinheiros."


José Antunes Ribeiro (10/12/10)




Fotografia de Alexandra Carvalho (2009)



José Antunes Ribeiro, 68 anos, livreiro-editor... Há 41 anos em Benfica.

Numa longa conversa, em viagem a caminho de Marvão, é-me contada, na primeira pessoa, a história de um homem, a qual se cruza com a própria história de um bairro e de uma pequena loja de comércio tradicional (que permanece nos anais da memória devido à luta pela liberdade)...

"Benfica acabou por ser um acidente feliz", conta o Zé Ribeiro. Chegaram a Benfica quando a Av. do Uruguai ainda só tinha apenas 1 ou 2 lojas, foram dos primeiros comerciante e habitantes da rua, "inaugurámos quase o bairro", como me diz.
A "Ulmeiro" acabaria por nascer de um equívoco que, as palavras do seu amigo Alçada Baptista tão bem ajudaram a explicar, ao dizer-lhe: “Zé Ribeiro, nós fazemos livrarias porque gostamos de livros, mas eu não conheço nenhum merceeiro que tenha feito uma mercearia por gostar de feijões!”
E foi dessa contradição permanente entre o comércio e aquilo para que verdadeiramente se nasce e de que se gosta, que acabaria por nascer a "Ulmeiro".

A "Ulmeiro" com as suas acções de poesia e música... O primeiro local em Lisboa onde Mário Viegas declamou poesia, o refúgio onde Zeca Afonso encontrava guarida... por onde também passaram Carlos Paredes, Rogério Paulo e Francisco Fanhais, entre tantos outros.

A "Ulmeiro" e a edição do seu primeiro livro - "Isto anda tudo ligado", livro de poemas de Eduardo Guerra Carneiro (cujo titulo passou a ser usado como expressão corrente).

A "Ulmeiro" que era a "continuação da política, mas por outros meios", tendo as investidas da PIDE, à época, muito contribuído para dar a conhecer melhor a editora e o seu importante papel.
Desses tempos, Zé Ribeiro relembra como, em certo dia, quando a PIDE foi à "Ulmeiro", quase fechou a Av. do Uruguai, numa espécie de operação quase de comandos. Porque, em determinada altura, as apreensões que eram feitas pela PIDE "eram destinadas a inviabilizar o projecto da Ulmeiro e a sua actividade, porque como se diz 'é preciso matar o bicho para acabar com a peçonha'".

A propósito do trabalho efectuado pela PIDE, Zé Ribeiro relembra um determinado agente que, a partir de certa altura, passou a avisá-los da data em que lá iria, "e aquilo que disse é que não concordava com aquele trabalho, não estava de acordo com aquele tipo de acção"; tendo, também, informado o livreiro-editor que muitas das denúncias contra a "Ulmeiro" partiam sobretudo de alguns dos seus vizinhos.
Zé Ribeiro recorda ainda o curioso caso da apreensão de um poster onde figurava um casal de namorados, reproduzindo um poema do livro "A Criança e a Vida" (de antologia de Maria Rosa Colaço), cujo título era "O amor é um pássaro azul no alto da madrugada". "Esse poster foi aprendido, mas no fim do dia o mesmo PIDE que o levou, voltou e pediu um para oferecer à sua namorada".

Anos mais tarde, quando digere alguma desilusão política, Zé Ribeiro volta-se para a Literatura, e "(...) com 40 anos fui fazer um curso de Letras. Eu próprio tinha algumas aspirações nessa matéria".

Para além destes assuntos de gente crescida, a "Ulmeiro" ficará sempre relembrada, por toda uma geração (à data, muito miúda), como a editora dos livros infantis inovadores para a época que, então, se vivia: "Era uma vez uma ilha onde as crianças construíram a escola nova", "Como se educam os adultos".
E do "Clube Infantil Ulmeiro", onde os pais podiam deixar os seus filhos, aos sábados de manhã, a ver sessões de cinema (com uma máquina super8, ali passaram toda a selecção do Charlot); onde, mais tarde, foi até criada uma equipa de futebol apelidada de "UNICEF".

Zé Ribeiro recorda esta como uma época interessante, que acredita ter tido alguma importância no bairro.
Salienta não ser um contemplador do Passado (apesar de adorar História), mas compreende que, apesar das mudanças de nome que os tempos (e a evolução do mercado) foram ditando, as pessoas continuem ainda "muito agarradas à “Ulmeiro”, porque estão ligadas também a esse nosso Passado".

Mas Zé Ribeiro não quer "ficar a cantar as glórias do Passado. Porque o Passado não tem só glórias, tem desencontros, tem encontros… tudo isso faz parte daquilo que nós vivemos."
E, por isso mesmo, gostava que acontecesse uma espécie de renascimento. Com um sorriso na voz, como uma criança que não perdeu o entusiasmo com tudo aquilo com que sonha, Zé Ribeiro explica-me que o que gostava que acontecesse no futuro era que "aquele espaço fosse novamente um espaço que pudesse sobreviver, obviamente, no plano económico (…) mas também que voltasse a ser um lugar de referência na zona, no bairro, que voltasse às actividades culturais, que pudesse criar um programa quase permanente de actividades e integrado. E com o apoio de pessoas do bairro, porque é isso que faz sentido. (...) Acho que tudo depende das pessoas. São as pessoas que são o centro das coisas. (…) São sempre as pessoas que determinam o êxito ou o fracasso das coisas. E é, portanto, com as pessoas que nós queremos fazer alguma coisa… com as pessoas do bairro, com Benfica".

Porque "(...) a Ulmeiro foi sempre um lugar de encontros. E a riqueza vem desses encontros!", como me conta o Zé Ribeiro, relembrando, também, o caso de um senhor que, aquando da homenagem promovida pela Junta de Freguesia de Benfica nos 25 anos da "Ulmeiro", lhe dizia: - “Eu todos os dias saio de casa para ir ver a montra. Mas nunca comprei lá um livro. Aquela livraria faz parte da minha vida!”.
E Zé Ribeiro compreende muito bem esse sentimento, tendo até uma explicação para o mesmo - "Aquilo que eu costumo dizer é assim: estes espaços ajudam o Estado a poupar em anti-depressivos. Porque também ali vai muita gente, aparecem muitas pessoas para desabafar, para falar, para sair de casa naquele momento, para terem alguém com quem falar. E sempre é melhor irem ali do que à farmácia em frente!"

E é nesses encontros, nessa troca diária de que é feita a "Ulmeiro", que Zé Ribeiro fala numa pessoa muito importante, na sua vida e na loja... "(...) sobretudo a Lúcia, que passa lá em mais tempo. E nesse aspecto a loja deve bem mais a ela do que a mim próprio, que sou mais volátil, gosto mais de pensar o geral, mas, depois, a Lúcia sustenta o particular".

E, como editora que mais ligações tem com o bairro de Benfica (que aí se instalou e permanece há mais tempo), Zé Ribeiro gostava de continuar o trabalho iniciado com a publicação do livro do Padre Álvaro Proença - “Benfica através dos Tempos”, actualizando toda essa informação sobre Benfica. "E participar em projectos que possam surgir relacionados com Benfica. E, portanto, estaremos sempre disponíveis para fazer esse trabalho."



Entrevista realizada no âmbito do Projecto "Gente de Benfica"
(todos os direitos de utilização reservados em nome do entrevistado - José Antunes Ribeiro - e da antropóloga responsável pelo projecto - Alexandra Carvalho).

Ouvir esta entrevista na íntegra, clicando no vídeo abaixo.





Vídeo e Fotografias de Alexandra Carvalho (2009/10)
Entrevista realizada a 26/02/10

[reproduzir o vídeo para ouvir a entrevista]






(***) Fazendo votos para que, depois da nova vida (e ânimo) que vos fizeram ganhar em 2009, estes 41 anos que hoje festejam sejam o (bom) augúrio para que, em 2011, a Fénix renasça! :)






"Optimismo em Tempo de Crise"




Tive o grato prazer de conhecer a Catarina Augusto (mentora da "Viva Social"), este ano, por causa das Vilas...

E não podia deixar de aqui partilhar convosco este excerto da reportagem que nos dá conta do exemplo vivo de uma Mulher (com "M" maiúsculo) que decidiu mudar radicalmente de vida e, contra ventos e marés, tem tentado levar por diante o seu sonho de ajudar os outros... sempre com um sorriso no rosto e muita força de vontade.

Um exemplo a seguir, nos tempos que correm, em que tudo nos parece perdido!

Um exemplo a confirmar-nos que, cada vez mais, é preciso repensarmos a sociedade em que vivemos e o ponto a que chegámos (porque um outro mundo ainda é possível... basta nós querermos!).






Excerto da Reportagem Especial "Optimismo em Tempo de Crise" -(SIC - 08/12/10)

(reportagem a ver na íntegra aqui, ao minuto 27.)





O Projecto VIVA SOCIAL também se desenvolve na nossa freguesia, em Benfica... apesar de ainda não ter sido assinado um protocolo com a Junta de Freguesia.








quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Actividades de Natal em Benfica





O pelouro da Cultura da Junta de Freguesia de Benfica organiza, durante este mês de Dezembro, algumas actividades de Natal, de acesso gratuito para toda a população: concertos alusivos a esta quadra festiva, no Auditório Carlos Paredes; e uma Feira de Natal, no dia 18/12/10, no Chafariz de Benfica, junto à Pastelaria Nilo.




Direitos de autor de reprodução do cartaz - Junta de Freguesia de Benfica


[clicar na imagem para ampliar o cartaz]




Ver a programação detalhada no website da Junta de Freguesia de Benfica, aqui.








quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aplaudimos...



... a iniciativa da Junta de Freguesia de Benfica, por, finalmente, nos dias 3 e 6 de Dezembro, terem sido colocados pilaretes para evitar o estacionamento nos passeios em frente à Vila Ana e à Vila Ventura - património histórico da nossa freguesia.




Fotografias de Alexandra Carvalho (2010)



Só lamentamos é que os funcionários que empreenderam tal tarefa, muito possivelmente, devido a não viverem em Benfica (ou, quiçá, por falta de informação), quisessem colocar também pilaretes junto ao portão de acesso às Vilas (impedindo, assim, a entrada de viaturas relativas aos Moradores-Inquilinos), com o argumento de que "aí não vive ninguém!".






Fotografias de Alexandra Carvalho (2010)










terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"A minha vida não me permite desilusões"




Por ocasião das comemorações do Mês do Idoso (ocorridas em Outubro passado), a Junta de Freguesia de Benfica lançou mais uma das suas revistas - a "Vitalidade" (que chegou agora no final de Novembro às caixas de correio aos munícipes), dedicada, segundo o editorial, "(...) a quem tem o privilégio de viver uma longa vida, que pretende promover o envelhecimento activo e saudável e combater o isolamento e a exclusão social, com conselhos práticos na área da saúde e do bem-estar e propondo vários convívios e passeios".

Deixamos aqui este destaque não pela revista em si mesma, mas sobretudo por uma entrevista nela contida com uma importante figura de Benfica, um cidadão pleno e activo, que tem lutado pela Liberdade e pela defesa do nosso património, sendo também um dos principais mentores da UNISBEN - Universidade Intergeracional de Benfica... o Prof. Carlos Consiglieri...




Imagem e texto da entrevista disponíveis in
Revista "Vitalidade", nº 1 -Outubro/2010 (Junta de Freguesia de Benfica)



[clicar na imagem, para abrir um novo documento
e ler a entrevista na íntegra]








domingo, 5 de dezembro de 2010

2º Jantar do "Retalhos de Bem-Fica"







[clicar na imagem, para ampliar e ler o convite]





Com o ano prestes a chegar ao seu término, e depois de tantas peripécias que vivemos durante estes meses em Benfica (em particular com a nossa luta pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura), urge que nos sentemos juntos e convivamos, pois, como dizia uma das nossas leitoras, "os convívios ajudam-nos a marcar posições e, quem sabe, surgir brainstorms para as nossas iniciativas".

Nesse sentido, e à semelhança do que aconteceu em Abril passado, vamos organizar o 2º Jantar do "Retalhos de Bem-Fica", no próximo dia 18 de Dezembro (Sábado), no Restaurante "Córsega" (junto à Pastelaria "Nilo"), concentração junto ao restaurante a partir das 19h30 (jantar às 20h).

Neste jantar pretendemos reunir todos os redactores e leitores do blog (de Benfica e de outras freguesias), assim como todos os membros do Movimento de Cidadãos pela Preservação da Vila Ana e da Vila Ventura e outros interessados.

Quem quiser estar presente, poderá enviar-nos um e-mail para palavraseimagens@gmail.com, indicando o seu nome, se levará acompanhante/s ao jantar e qual a sua ligação a Benfica e/ou a este blog (esta última questão é, apenas, por curiosidade e para irmos conhecendo um pouco melhor quem por aqui passa).

Muito obrigada!






sábado, 4 de dezembro de 2010

Encontro-Informativo sobre as Vilas com o Partido Comunista Português




Realizou-se esta manhã mais um encontro-informativo com um partido político, a propósito da nossa Causa em defesa da Vila Ana e da Vila Ventura.



Fotografia de Fausto Castelhano (2010)



Desta feito, alguns elementos do Movimento de Cidadãos receberam, junto às Vilas, uma comitiva do Partido Comunista Português - PCP (na qual se incluía o deputado da Assembleia da República Miguel Tiago), que esteve na freguesia de Benfica no contexto da campanha às Eleições Presidenciais 2011.

Este encontro-informativo inseriu-se no âmbito do trabalho de divulgação que o Movimento de Cidadãos tem vindo a desenvolver, nomeadamente, através do envio de informação regular sobre este processo aos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal de Lisboa (o que culminou, em Abril de 2010, com a aprovação de uma Recomendação da AML pela preservação das Vilas) e na Câmara Municipal de Lisboa.

Miguel Tiago e os restantes membros do PCP mostraram-se solidários com a nossa Causa, informando que estavam dispostos a auxiliar-nos no que dizia respeito ao seu trabalho na Câmara Municipal de Lisboa.



Fotografia de Fausto Castelhano (2010)




Reiteramos aqui, em nome do Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura, que, não tendo qualquer motivação partidária por detrás dos objectivos que nos uniram nesta Causa, nos encontramos disponíveis para receber, informar e dar conhecimento das nossas preocupações a qualquer partido político que em tal manifeste interesse.





"Moradores de Benfica lutam pela preservação de vilas históricas perante falta de obras"




:: Lisboa: Moradores de Benfica lutam pela preservação de vilas históricas perante falta de obras
04-12-2010
In Agência Lusa

Lisboa, 03 dez (Lusa) - Os moradores de Benfica (Lisboa) continuam preocupados com a avançada degradação de duas vilas centenárias e a falta de obras, que, por determinação camarária, deveriam terminar este mês. A autarquia apoia a causa, mas diz-se sem dinheiro para intervir.

Ao olhar para os antigos "chalets" concebidos para habitação por uma família portuguesa regressada do Brasil, os membros do Movimento de Cidadãos pela Preservação da Vila Ana e Vila Ventura não conseguem esconder a preocupação pela possível destruição dos dois exemplares da arquitetura das casas apalaçadas e quintas por que Benfica era conhecida no século XIX. Incluídos no inventário municipal, os edifícios, integrados no mesmo lote da Estrada de Benfica, estão agora ocupados por um total de três inquilinos com contratos legais.

"Já não é fácil encontrar casas destas, são verdadeiros testemunhos da História. Há um grande consenso em Benfica para que sejam preservadas", diz Fausto Castelhano, junto ao portão enferrujado da propriedade, lembrando que o problema já motivou uma petição com cerca de 1600 assinaturas.

O representante do Movimento lamenta, em declarações, à Lusa que o abandono a que as vilas foram entregues tenha permitido a sua ocupação temporária por toxicodependentes e sem-abrigo, mesmo depois de o proprietário, a empresa Ormandy Portuguesa, ter entaipado algumas janelas.

Conhecedor do bairro, Fausto encara também com tristeza a possibilidade de as casas serem transformadas em pequenos T1 para arrendamento a custos acessíveis, intenção manifestada pela empresa ao município. "Pensamos que seria mais adequado transformar este espaço num equipamento que servisse a comunidade. Podia ter um uso cultural ou estar disponível para outras atividades do bairro", diz o morador.

A criação de apartamentos pode, no entanto, não passar de uma hipótese, já que, apesar de uma intimação camarária de Maio passado para obras de conservação que deveriam terminar no próximo dia 31, nada foi feito.

Segundo a vereadora da Habitação, Helena Roseta, o proprietário ainda não entregou qualquer projeto de remodelação ou pediu apoio financeiro no âmbito do Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados (RECRIA), conforme disse ser sua intenção. "Antes de 31 de Dezembro tenho de o chamar e saber o que se passa. Se o proprietário não tomar iniciativa, teremos de fazer uma contraordenação e aplicar uma majoração do imposto municipal sobre imóveis", disse a autarca, numa reunião descentralizada do executivo, na qual o Movimento questionou o processo.

Helena Roseta referiu que, apesar de a Câmara ou os inquilinos poderem avançar com obras coercivas nestes casos, é "muito difícil" que a autarquia o venha a fazer: "Para avançarmos temos de ter cabimento no orçamento".

A Lusa tentou, sem sucesso, obter esclarecimentos da Ormandy.

ROC.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/fim





quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Reunião Descentralizada da CML em Benfica




(texto de Alexandra Carvalho / fotografias de Fausto Castelhano)



Realizou-se este final de tarde a Reunião descentralizada da Câmara Municipal de Lisboa na nossa freguesia, presidida pelo Senhor Vice-Presidente, Arqº. Manuel Salgado.

O anfiteatro da Escola Secundária José Gomes Ferreira apresentava uma grande afluência de público na assistência, contando, ainda, em representação da Junta de Freguesia de Benfica, com a presença da Vice-Presidente, Dra. Teresa do Santo Cristo.

Apesar da elevada assistência, apenas, 43 munícipes se inscreveram para apresentar os seus casos (tendo sido seleccionados para intervir somente 20, conforme anunciado previamente pela CML) - o que nos deixa a matutar a propósito da forma como a divulgação da realização desta reunião foi efectuada, pelas instâncias competentes.

De salientar a excelente e contundente intervenção da Dª. Gilda Caldeira, em representação da Associação de Moradores do Bairro da Boavista, apresentando inúmeros problemas relacionados com o espaço público e habitações no seu bairro (alguns dos quais tiveram pronta resolução ainda durante esta noite, quando o grupo de moradores regressava da reunião ao Bairro da Boavista).

Por outro lado, não pudemos deixar de constatar com surpresa que, afinal, contrariamente ao que um autarca anónimo aqui comentara no "Retalhos de Bem-Fica", a pintura de todas as passadeiras de peões, de acordo com o Vereador da Mobilidade da CML, Dr. Fernando Nunes da Silva, é da responsabilidade das Juntas de Freguesia, com quem a CML efectuou protocolos de delegação de competências (tendo, inclusivamente, e segundo informação do Vereador, a Junta de Freguesia de Benfica adquirido, recentemente, uma máquina de pintar passadeiras, de forma a diligenciar de uma forma mais célere esta tarefa).




Face ao adiantado da hora, apenas nos foi possível fotografar os munícipes que aparecem neste vídeo. Apresentamos, desde já, as nossas sinceras desculpas aos restantes vizinhos que tenham intervido posteriormente.




No que diz respeito ao Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura - o qual se fez representar por uma comitiva de 11 pessoas (entre as quais se encontrava um dos Moradores-Inquilinos das Vilas), trajando t-shirts alusivas à nossa Causa - os principais objectivos da nossa intervenção nesta reunião foram os seguintes:

1º)- Ser informados sobre o ponto de situação deste caso (em particular, no que se refere às negociações que estariam a decorrer entre a empresa proprietária das Vilas e a Câmara, bem como qual o prazo previsto para o termo dessas negociações);

2º)- Estando previsto pelo prazo da intimação estabelecida pela Câmara que as obras nas Vilas deveriam estar concluídas até 31/12/2010, o Movimento de Cidadãos pretende averiguar o que sucederá exactamente caso as mesmas não sejam realizadas até essa data, como é de esperar (em particular, tendo em linha de conta a Recomendação pela preservação das citadas Vilas, que foi aprovada por unanimidade, a 27/04/10, pela Assembleia Municipal de Lisboa);

3º)- O Movimento de Cidadãos aproveitou para dar conhecimento aos Senhores Vereadores da CML da importância que a Causa pela preservação destas duas Vilas centenárias, tem assumido entre os munícipes da nossa freguesia.





Texto da intervenção de Alexandra Carvalho, em representação do Movimento de Cidadãos pela preservação da Vila Ana e da Vila Ventura

[clicar na imagem para ampliar e ler]






Em resposta aos pontos que apresentámos, a Senhora Vereadora da Habitação, Arqª. Helena Roseta, começou por dar os seus parabéns ao Movimento de Cidadãos e ao trabalho que o mesmo tem vindo a desenvolver.
Explicou que a sua intervenção no presente caso surge por delegação do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e devido, também, à Recomendação emitida pela Assembleia Municipal de Lisboa a propósito destas Vilas.

Nesse sentido, realçou que a intermediação que tem levado a cabo deu origem, não só a que o Dr. Henrique de Polignac de Barros (director da empresa proprietária das Vilas) lhe tenha solicitado apoio a nível de uma eventual candidatura ao Programa RECRIA (para a transformação das Vilas em T1's para aluguer a renda moderada), como, também, a que ela própria lhe tenha solicitado com carácter de urgência o entaipamento das traseiras de uma das Vilas, após o Movimento de Cidadãos lhe ter remetido fotografias do local e da sua vandalização.

A Senhora Vereadora disse ao Movimento de Cidadãos que lamentava, mas, infelizmente, nada tinha para responder às pretensões da sua intervenção, dado que, até ao momento, o proprietário nunca mais lhe deu retorno sobre este caso, ou entregou na CML algum projecto com vista à realização destas obras.

Face ao exposto, explicou que, neste tipo de casos, os inquilinos ou a CML se podem sobrepôr aos proprietários e efectuarem as obras de conservação; salientando, porém, que, no caso da CML, tal não seria possível, por não haver verbas disponíveis para esse efeito.

Neste sentido, a Senhora Vereadora explicou que iria falar com o proprietário das Vilas, voltando a insistir com o mesmo sobre este assunto, frisando-lhe que o prazo para a realização das obras está a terminar e que, em termos da sua imagem enquanto Presidente da Direcção da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários, lhe seria benéfico efectuar estas obras de conservação dos imóveis. Sendo que, em Janeiro de 2011, a Senhora Vereadora voltaria a chamar o Movimento de Cidadãos, para dar conhecimento dos avanços neste caso.

Por fim, a Senhora Vereadora da Habitação, Arqª. Helena Roseta, incentivou o Movimento de Cidadãos a continuar a pressionar através da comunicação social, pois só assim, e aliado a todo o trabalho que têm vindo a desenvolver, se poderá, efectivamente, tentar salvar os prédios mais antigos da cidade de Lisboa.








domingo, 28 de novembro de 2010

Tabernas, Tascas e Casas de Pasto na Freguesia de Benfica (3)




Todos os direitos reservados @ Fausto Castelhano, "Retalhos de Bem-Fica" (2010)




Ler aqui o Capítulo 1 e aqui o Capítulo 2.




(Capítulo 3)

Por Fausto Castelhano



Vai um copo? Branco ou tinto?
(Foto Wikipédia)



Basta de descanso… Seguimos em frente: a “Foto Águia d’Ouro”; a “Farmácia União” do saudoso e grande amigo Manoel de Almeida e Sousa (alentejano de Elvas e atleta de alta competição na modalidade olímpica de Luta Greco-romana) e da esposa D. Belmira, cordiais e sempre atenciosos no avio aos clientes; o relojoeiro na esquina da Travessa da Cruz da Era e, no gaveto do outro lado desta estreita ruela, a bem fornecida “Mercearia Fontan” e as apreciadas “Modas Fontan”, do Sr. Florêncio Fontan. Um dos empregados das “Modas Fontan”, o Sr. Joaquim abriu, por conta própria e alguns anos depois de inaugurada a novel Rua da República da Bolívia (antiga Estrada do Poço do Chão), uma loja de utilidades domésticas e da qual me tornei cliente: o “Quimbeta”.



O úbere intumescido e as quatro tetas granjolas da vaquinha leiteira.
(Foto Wikipédia)




A seguir às “Lojas Fontan” e com o nº 622, as “Ferragens de Benfica” que, em conformidade com a tradição oral, foi afamada leitaria e onde, o leite morninho e genuíno esguichava, directamente, das tetas da vaquinha alojada no interior do estabelecimento… Mungir vaca, uma verdadeira e superior arte ancestral que se perde na noite dos tempos e, para a qual, é requerida predicados especiais: jeitaço a rodos, pulsos flexíveis, mãos macias, gadachos ágeis e ginasticados que saibam acariciar o intumescido úbere do pacífico ruminante no intuito de o acalmar… E pronto, terminados os preliminares, um mamilo graúdo em cada mão e… é só premir com mestria… O suco lácteo produzido nas glândulas mamárias dos animaizinhos, saí de jacto, a uma temperatura de “pronto a beber”! Esgotadas as duas primeiras, o artista agarra-se às duas tetas restantes até o delicado trabalhinho findar…
Pessoalmente, nunca tive habilidade no desempenho da artesanal função, mesmo com a boa vontade de ensinamento de dois exímios executantes da vacaria na quinta onde nasci e vivi: o ti’Conde e o Francisco… Em compensação e p’ra “abrir a pestana”, volta e meia, era contemplado com um profuso esguicho de suco leitoso em plena fuça… Que coisa deliciosa!
Ademais, a Freguesia de Benfica, terra essencialmente rural, no tocante a quintas, vacas e vacarias, levava a palma às freguesias limítrofes: uma farturaça… A ordenha mecânica, modernice dos novos tempos, deu cabo do pitoresco cenário que, hoje por hoje, raramente se consegue observar, a não ser em algum lugar recôndito do Portugal profundo onde se mantêm hábitos de outrora…



O Externato Álvares Cabral na Estrada de Benfica, nº 628. Aqui, era o “Vale do Rio” da Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca com as suas três magníficas entradas. Hoje, apenas a porta central funciona como tal. (Foto de Fausto Castelhano - Setembro de 2010)



Encravada entre as “Ferragens de Benfica” e a “Drogaria Jardim”, propriedade do Sr. Jardim, o “Coxelas”, como à chucha calada o designávamos por mancar d’uma perna, e correspondendo aos números de polícia 624, 626 e 628, um aprimorado estabelecimento de categoria ímpar: o “Vale do Rio” da acreditada Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca (3) e onde, em determinada época da nossa sociedade, marcou pontos no país como a maior rede de venda ao público de géneros alimentícios.



O gaveto da Estrada de Benfica com a Travessa do Vintém das Escolas. No gaveto, a antiga “Drogaria Jardim” (hoje, uma loja de electrodomésticos) e, logo a seguir, na Estrada de Benfica, o “Vale do Rio” da Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca onde, hoje, funciona o Externato Álvares Cabral.
(Foto de Fausto Castelhano -Setembro de 2010)




A arquitectura e a decoração obedeciam a critérios muito particulares e onde o mármore tinha lugar de primazia. Apesar de não se encaixar no tipo de lojas que, pouco a pouco, temos vindo a redescobrir, o “Vale do Rio” merece uma citação especial: local bem afreguesado e onde o vinhão de excelentes e variadas castas pedia meças ao mais pintado… É célebre a frase do Sr. Abel Pereira da Fonseca ao dizer para quem o queria ouvir: "Da uva também se faz vinho!"
Estas lojas comercializavam vinho a granel e engarrafado (ao tempo, uma novidade! Quem não se recorda do famoso Vinho Sanguinhal em garrafa ou garrafão?), bebidas brancas, finas e espirituosas. Ao balcão, aviava vinhaça a copo agregando, facilmente, uma fiel e constante clientela apreciadora do néctar divino…
Presentemente, o local está ocupado pelo “Externato Álvares Cabral” que utiliza, também, os andares superiores do prédio… Apenas uma única entrada permite o acesso à instituição: nº 628. As duas antigas entradas laterais, foram alteradas e apresentam-se em forma de janelões. Não obstante, a fachada do prédio afigura-se muito bela e merece o nosso inteiro aplauso… Em frente, a capelista do Sr. Capelo e da D. Nazaré: a “Papelaria Popular” que, ainda hoje, consegue preservar a sua loja com a mesma fisionomia, tal como a conhecíamos, cinquenta anos atrás…



A taberna do Sr. João na Estrada de Benfica, nº 648C e no gaveto da Travessa dos Arneiros (hoje, Rua dos Arneiros). A entrada principal fazia-se pela Travessa dos Arneiros, nº 2.
(Foto de João H. Goulart - 1961 - Arquivo Municipal de Lisboa)




Passada que foi a Travessa do Vintém das Escolas e a “Farmácia Marques”, uns metros mais adiante, frente ao Chafariz Grande das Águas Livres e no gaveto da Rua dos Arneiros, 2 (antiga Travessa dos Arneiros), damos de chapa, na Estrada de Benfica, nº 648C, com a taberna do Sr. João que, cumulativamente, se dedicava à distribuição de pão, porta a porta alancando, nos costados, com o enorme e tão familiar cabaz de verga… O filho do Sr. João, o Cruzeiro, era um rapazola sossegado da nossa total confiança e que, esporadicamente, acompanhava o nosso grupo de amigalhaços…



O prédio da taverna do Sr. João (hoje, o Restaurante “O Chafariz”) na esquina da Estrada de Benfica com a Rua dos Arneiros (Antiga Travessa dos Arneiros) e frente ao Chafariz Grande das Águas Livres. A janela ao lado da porta da taberna do Sr. João, na Estrada de Benfica, nº 648C, dava para a sala dos matraquilhos. Daqui, da coluna do lado direito que enquadra o Chafariz distavam, em tempos que já lá vão, 8 Km até aos antigos limites da cidade de Lisboa, isto é, S. Sebastião da Pedreira.
(Foto cedida pelo Sr. João Paulo Fontan - 7 de Maio de 1950)



Óptimo local de convívio, salientavam-se os bons vinhos, os petiscos requintados, a gentileza do Sr. João e onde os jogos de matraquilhos nos seduziam, sobremaneira, e desafiavam para umas partidinhas animadas. A pequenina sala, cuja janela comunicava com a Estrada de Benfica e fora especialmente reservada ao popular e desafiador divertimento oferecia-nos, como insuperável pano de fundo, o Chafariz Grande das Águas Livres e o marco quilométrico, indicativo da distância precisa, entre aquele local e os antigos limites da Cidade de Lisboa em S. Sebastião da Pedreira…
Actualmente, o prédio foi restaurado e apresenta-se com um óptimo visual não obstante, a antiga taberna do Sr. João, transmudou-se no Restaurante “O Chafariz”.



O restaurante “O Chafariz” no prédio no gaveto da Estrada de Benfica, 648C, com a Rua dos Arneiros, nº 2. (antiga Travessa dos Arneiros) e frente ao Chafariz Grande das Águas Livres. Aqui, era a Taberna do Sr. João.
(Foto de Fausto Castelhano – Setembro de 2010)



Atravessamos a Rua dos Arneiros (antiga Travessa dos Arneiros). No lado contrário da Estrada de Benfica, o edifício do antigo “Patronato Paroquial da Freguesia de Benfica” (onde o Padre Álvaro Proença instalou o “Teleclube” no início das emissões televisivas), a que se seguia o muro de protecção deste meritório complexo assistencial até ao gaveto no qual, existia a entrada para o recinto de jogos do Clube Futebol Benfica: o “Campo Francisco Lázaro(4) onde, no seu interior e integrando as instalações desportivas do clube, lá estava o “Ringue Fernando Adrião”, palco de tantas e gloriosas jornadas das esplêndidas equipas de Hóquei em Patins do Clube Futebol Benfica no confronto com as melhores do país…



O café “O Girassol de Benfica”do Sr. Gaspar, o “Seboso”, no prédio de gaveto da Rua Cláudio Nunes com a Estrada de Benfica, nº 654A. Ao fundo e encostado ao adro nascente da Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, o “Mariju, o café esquecido” e a sua esplanada.
(Foto de Artur Inácio Bastos - 1961 - Arquivo Municipal de Lisboa)



Passamos junto à cervejaria “Estrela Brilhante” e, andados meia dúzia de passos, chegamos à embocadura da Rua Cláudio Nunes…
No gaveto do lado esquerdo, nº 654A, o pequeno Café “Girassol de Benfica” do Sr. Gaspar… Este conhecido comerciante, já está a “fazer tijolo” há largos anos e, a exígua loja, também mudou de ramo: frutas, vinhos e bebidas finas, queijos e produtos de charcutaria, etc.
No espaço que medeia entre o Café “Girassol de Benfica” e o adro nascente da Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, lá está o celebérrimo “Marijú”, o tal “Café Esquecido” que nos deixou inúmeras e gratas recordações… O “salão dos bilhares”, os solícitos empregados de trato amigável, a convivência alegre e descontraída com a roda de amigos e conhecidos, o Sr. Manuel Madureira, o proprietário do Café “Marijú” e do Café/pastelaria “Paraíso de Benfica”, um cidadão de classe invulgar…



O Centro Policlínico de Benfica no prédio de gaveto da Rua Cláudio Nunes com a Estrada de Benfica, nº 652. No 1º andar, o Centro Policlínico de Benfica (já não existe e o seu espaço destina-se, agora, à habitação). Em segundo plano, os toldos da Cervejaria “Estrela Brilhante”. À esquerda, o pequeno café “O Girassol de Benfica” e a respectiva esplanada.
(Foto de Artur Inácio Bastos - 1961 - Arquivo Municipal de Lisboa)



Local estratégico por excelência e formidável posto de observação, centrado no núcleo histórico da Freguesia de Benfica, aglutinava a nossa ilimitada afeição! Enquanto se saboreava a “bica” ou a “imperial”, actualizava-se as últimas novidades, ou à pala de alguma laracha se desopilava o fígado, à frente do nariz e sob o nosso ângulo de visão que abrangia um raio de 180º, abarcava-se o incessante movimento da população na azáfama do dia-a-dia…



Lá está o “Café Marijú”, o Café esquecido” e a sua estratégica esplanada na Estrada de Benfica, 662.
(Foto de Artur Inácio Bastos - 1961- Arquivo Municipal de Lisboa)




Entre o “Marijú” com o nº 662 e “O Girassol de Benfica”, a paragem dos carros eléctricos (Carris) da Carreira nº1 vindos dos Restauradores e onde, ao longo do percurso de uma dezena de quilómetros, arrebanhava todos quantos de dirigiam a Benfica. Pacientes, mas de olho vivo, aguentávamos pelas namoradas e apreciávamos as moças que, por ali, circulavam lançando, sempre que a oportunidade se nos deparava, os piropos adequados a cada situação… De resto, bonitas ou menos belas, todas eram contempladas dentro do maior respeito e civismo… Afinal, éramos gente de bem!
Era como se estivéssemos sentados na plateia de uma qualquer sala de cinema assistindo, ao vivo, ao desenrolar de uma espantosa fita cinematográfica e onde os incontáveis actores iam desfilando constantemente…
Olhava-se e era um inolvidável espectáculo! Sentia-se o pulsar intenso da comunidade: o próspero e diversificado comércio local; o “Campo Francisco Lázaro” e as grandes jogatanas das magníficas equipas de Futebol e de Hóquei em Campo do clube da Freguesia de Benfica; à noite, o “Ringue Fernando Adrião” iluminava-se e os disputadíssimos jogos de Hóquei em Patins com as melhores equipas da modalidade empolgavam os espectadores e entusiastas da modalidade…



O antigo edifício do “Marijú, o Café esquecido” na Estrada de Benfica, 662. À esquerda do prédio, está localizado o adro nascente da Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica.
(Foto de Arnaldo Madureira - 1962 - Arquivo Municipal de Lisboa)




À beirinha do Verão e logo que terminavam os Campeonatos Oficiais de Futebol e se entrava no “defeso”, os intermináveis e bem disputados torneios dos “Clubes Populares de Futebol” onde pontificavam, entre outras, o Sport Lisboa e Águias (do Bairro da Boa Vista) e a sua entusiástica claque feminina, os Corvos (da Cruz da Pedra) e o Real Atlético de Benfica… Como atractivo suplementar de jovens e graúdos, a pista dos “carrinhos de choque” montada no interior e após a entrada nas instalações do Clube Futebol Benfica…
A Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Benfica e a enorme afluência de crentes ao Santo Ofício da Missa; as novenas, à tardinha, no “Mês de Maria” (Maio) e a espera pelas “conversadas” e, nas datas estabelecidas no calendário litúrgico, as procissões na rua e o aparato inerente ao evento: andores, as várias Irmandades e a inocente criançada enfarpelada de anjinhos; o pároco sob o pálio, os dedicados acólitos e… povo aos magotes! Imprescindível e sempre afinadinha, a banda de música contratada com a necessária antecedência…



“Campo Francisco Lázaro”. A cabeceira poente do campo de jogos de Futebol e Hóquei em Campo, após a entrada no complexo desportivo do Clube Futebol Benfica. À direita, o ringue de Hóquei em Patins “Fernando Adrião”. Ao fundo, as cabinas (Jogadores e Árbitos), roupeiros, posto médico de primeiros socorros. Nas traseiras das cabinas, corria o Rio (Ribeira de Alcântara). Na margem direita do Rio, as instalações da “Metalúrgica do Bemfica”.
(Foto de Artur Goulart - 1960 - Arquivo Municipal de Lisboa)




A Escola Primária, o Infantário e, mais tarde, o Teleclube aglutinados no edifício do Patronato Paroquial da Freguesia de Benfica (notável iniciativa do Padre Álvaro Proença e de alguns paroquianos amigos); os espaços de convívio nos cafés “Paraíso de Benfica”, “Adega dos Ossos” e nos “tascos” e “casas de pasto” das redondezas; o concorrido “Mercado de levante” na Avenida Grão Vasco abastecido pelas saborosas frutas e os melhores produtos hortícolas das quintas e quintarolas da região não olvidando, está claro, o peixe fresquíssimo e a saltar do “nosso mar”…



O simpático e bem frequentado “Bar da Mata de Benfica” junto ao lago.
(Foto de Vasco Gouveia de Figueiredo - Arquivo Municipal de Lisboa)




No pino do Estio, a “Piscina dos pobres” no Chafariz Grande das Águas Livres e a alegria desbragada da pequenada que atingia o ponto alto na apetecida banhoca, em cuecas ou em pelota; os operários da “Metalúrgica de Bemfica”, na Estrada das Garridas, à beira do Rio, na margem direita; as centenas de empregados da “Fábrica Simões", na Avenida Gomes Pereira e as senhoras e meninas dos “Laboratórios ATRAL”, um pouco lá mais acima na mesma avenida; o expedidor da Carris onde os carros eléctricos da Carreira nº1 retornavam pela Rua Emília das Neves e Avenida Grão Vasco, tomando o caminho da Baixa lisboeta…



A Paula Maria e a Maria Helena no agradável Parque Silva Porto.
(Foto de Fausto Castelhano - Setembro de 1969)




O cinema na sede do Sport Lisboa e Benfica: no salão ou no ringue de patinagem (apenas no Verão) e onde, nos dias de hoje, funciona a Junta de Freguesia de Benfica, isto é, na Avenida Gomes Pereira; o admirável “Parque Silva Porto(5), a “Mata de Benfica”, à época, um óptimo e seguro lugar de namoricos e de estudo e que, ao mesmo tempo que apreciávamos o chilreio da passarada, nos convidava a desfrutar da exuberante vegetação e do frondoso arvoredo; o Parque Infantil apetrechado de escorregas e baloiços; o Parque de Merendas onde muitos dos nossos conterrâneos, aproveitando folganças ou os merecidos fins-de-semana, munindo-se de fartos e apetitosos farnéis previamente confeccionados, almoçavam ao ar livre sob a copa das árvores…
O simpático e bem frequentado “Bar da Mata” junto ao lago e onde os peixes vermelhos vinham à tona d’água e abocavam as migalhas de pão que, os muitos visitantes do Parque Silva Porto, lhes atiravam porém, o que mais sobressaía no sedutor ambiente era, efectivamente, o garboso casal de cisnes que, vogando suavemente no espelho de água fazia as delícias de crianças e adultos…
Nos últimos anos da década de 50 do século XX, tem início o desmantelamento das “Quinta da Casquilha” e da “Quinta das Garridas”: arrancava a construção do Bairro de Santa Cruz (6) e do novo complexo desportivo do Clube Futebol Benfica… A Escola Primária junto ao “portão de cima da Mata”, não demorou muito e a inauguração teria lugar em 1962 com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa de então, França Borges e d’outras individualidades do Regime de então…



Inauguração da Escola do Bairro de Santa Cruz (“Escola da Mata”) pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, França Borges e outras individualidades do Regime de então.
(Foto de Armando Serôdio – 1962 - Arquivo Municipal de Lisboa)




O Colégio “Instituto Lusitano” estava em pleno funcionamento, seja na Avenida Grão Vasco, nº56 (masculino), junto ao portão de entrada do “Parque Silva Porto”, seja na Estrada de Benfica, nº765 (feminino)… Frequentado pelos meninos e meninas das famílias mais abastadas da freguesia evitavam, tanto quanto possível (isto era assim mesmo, nem vale a pena doirar a pílula), qualquer misturada com as crianças pobres da urbe: “O maravilhoso Instituto Lusitano. Colégio para ambos os sexos, mas em sedes separadas. Uma bela descrição das instalações. Tudo no Palácio Feiteira e Palacete Peyssoneau. Frescas hortaliças e leite puro das vacas do estábulo”) - tal como era propagandeado no anúncio do Almanaque Alentejano!



A Maria Helena e a Paula Maria junto à Escola Primária do Bairro de Santa Cruz (que frequentaram) encaixada entre o Parque Silva Porto (e junto ao portão de cima) e as moradias do Bairro de Santa Cruz.
(Foto de Fausto Castelhano - Fevereiro de 1973)




A Escola Primária “António Maria dos Santos”, paredes-meias com o expedidor da Carris; a Escola Primária nº47 (já desaparecida), frequentada só por meninos e onde leccionavam quatro competentes professoras mas… bravíssimas: D. Tomásia, D. Isaura, D. Maria Mateus e D. Maria do Céu… A disciplina rígida era ponto assente e fazia mossa, à base de ponteiradas e reguadas de ferver… A escola estava situada na Estrada de Benfica, vizinha do “Quartel dos Bombeiros Sapadores de Lisboa” e nas traseiras da “Cozinha dos Pobres” (vulgarmente apodada de “Sopa do Barroso” ou “Sopa do Sidónio”) da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; a “Escola do Magistério Primário”, onde se formavam os futuros professores do Ensino Primário e, na mesma área geográfica, as Escolas de Instrução Primária de meninos e meninas: a “Escola Normal” como era mais conhecida…
Melhor que a esplanada do “Marijú”, como se fora altaneira torre de vigia, só a esplanada do café “Girassol de Benfica” pela sua soberba localização… Raramente nos sentámos ali porém, o Sr. Gaspar, a quem alcunhámos de “O Seboso”(assim permaneceu até aos dias de hoje), armou-nos uma encrenca das antigas na última vez que assentámos as nádegas nas cadeiras da sua esplanada… Enfim, outros contos…
Tempos inolvidáveis d’um fascinante mundo já antigo, mas que nos deixaram imperecíveis saudades…
Enquanto durou a nossa permanência naquele local tão apetecido do “Marijú” foi, sem dúvida, bestial… O capital de mútua confiança e cordialidade que fomos angariando junto do Sr. Madureira e do pessoal de serviço ao balcão, às mesas no interior do Café ou da esplanada, desmoronou-se, num ápice, no dia fatídico em que subiu à cena a tragédia do “Calminhas e do Joaozinho”! Aí, deitámos tudo a perder!
Depois, embezerrámos face ao imprudente sarilho desencadeado na “salão dos bilhares” do “Café Marijú” e fomos farejando outros rumos… A década de 50 do Século XX encerrava-se… O “Marijú” não aguentou a pedalada devido à concorrência do “Café Nilo” (com bilhares na cave) e tantos outros que abriram aqui e ali… Pouco tempo depois, trancava as portas de modo definitivo… O prédio foi demolido e, exactamente na mesma superfície, ergueram mais um mamarracho de traça incaracterística… O “Fica-Bem”, loja de roupas, está lá!
Por ora, ficaremos na esquina da Rua Cláudio Nunes a observar o movimento das pessoas que por aqui se vão movimentando, ora apressadas ou mais vagarosas contudo, absolutamente anónimas! Já não conheço ninguém!


(Continua…)



NOTAS:


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Abel Pereira da Fonseca

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



A concretização de instituir uma linha quase directa entre a maior adega do país e a boca do bebedor, em Lisboa teve, como protagonista, um único intermediário: certo beirão da raia de Espanha que veio dos lados de Vilar Formoso para o Poço do Bispo e Bombarral, Abel Pereira da Fonseca, nome também legendário da vitivinicultura portuguesa de primeira metade deste século e que dispersou, por toda a capital, uma rede de 47 estabelecimentos de venda, por miúdo, de determinados géneros alimentícios entre os quais, e parece que em plano especial, vinho, inclusive a copo.


“Da uva também se faz vinho”: Abel Pereira da Fonseca
(Foto Wikipédia)



Estabelecimentos “Vale do Rio” - Praça Leandro da Silva, 1 a 7
com a Rua do Amorim 2 a 6 – Poço do Bispo – Freguesia de Marvila
(Foto Wikipédia)



Símbolo da Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca
(Foto Wikipédia)



Abafado! Uma das especialidades da Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca
(Foto Wikipédia)



Os Vinhos de Missa! Consumo garantido em alta escala.
(Foto Wikipédia)




Instalações da Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca junto à doca do Poço do Bispo.
(Foto Wikipédia)




Designados inicialmente pelo nome do fundador, depois adoptou a sigla Sociedade Comercial Abel Pereira da Fonseca e, finalmente, ficou registado pela denominação de "Vale do Rio".
Conquanto vendessem vinho a copo, estas lojas revestiam-se, no que concerne a arrumação da casa e todo o "cenário" interior, de ambiente inadequado a legítima taberna. Já que veio à baila o aspecto interno dos estabelecimentos, anote-se o facto da não alteração do respectivo símbolo ou marca iconográfica, aposta no exterior, ao longo das três sucessivas administrações: um barco à vela, uma alusão, segundo se consta, às fragatas ou bateiras transportadoras dos cascos de vinho provenientes de Rio Frio, através do rio das Enguias e estuário do Tejo.



Fernando Pessoa, freguês habitual dos estabelecimentos “Vale do Rio”.
(Foto Wikipédia)




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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Uma homenagem ao grande atleta e maratonista Francisco Lázaro.
Francisco Lázaro nasceu em Benfica a 21 de Janeiro de 1891 e faleceu em Estocolmo, 15 de Julho de 1912. Foi um atleta que fez parte da primeira equipa olímpica portuguesa nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, Suécia, onde participou na prova da maratona. Lázaro desfaleceu durante a prova e veio a falecer poucas horas depois.



(5)


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Em 1880, João Carlos Ulrich mandou plantar um pequeno bosque para envolver o Palácio da Feiteira. Alguns anos depois, vendeu a propriedade a César Augusto de Figueiredo que se tinha disposto, em 1911, para oferecer o parque ao Município de Lisboa para que este fosse acessível a todos os cidadãos.
Foi baptizado em homenagem ao explorador António Francisco Ferreira da Silva que, mais tarde, adoptou o nome da sua cidade natal, a cidade do Porto.
O Quiosque do Parque Silva Porto foi construído em 1916, segundo um projecto (de 1913) do Arquitecto José Alexandre Soares; os painéis de azulejos que o ornamentam são Arte Nova e foram realizados por José António Jorge Pinto, pintor e um dos principais criadores do estilo Arte Nova. Os temas representados pelos painéis são: «Mal me quer», «Bem me quer», «Muito», «Pouco», «Nada», «O Bosque» e «A Caça».
Há em Lisboa mais três quiosques iguais: o Quiosque Municipal do Cais do Sodré, o Quiosque do Poço do Bispo e o Quiosque do Jardim Constantino.

Flora
O parque está coberto por 22 tipos diferentes de arbustos e árvores, proporcionando uma riqueza inesperada de espécies. As plantas predominantes são o cedro-do-buçaco, o eucalipto, o cipreste, o pinheiro-de-halepo, o pinheiro manso, o carvalho e o sobreiro.

Fauna
A fauna do parque é dominada pelas aves, sobretudo chamarizes, pintassilgos, melros. De realçar a presença de rolas, pouco comuns em zonas urbanas e, também, de esquilos.



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Bairro de Santa Cruz

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O bairro começou por ser um bairro social, nos finais dos anos 1950. É constituído por moradias geminadas e em banda, todas de primeiro andar e com quintal à frente e atrás.
É composto por duas partes distintas: a Oeste, o chamado "Bairro de Baixo" e a Leste, o "Bairro de Cima", separados pelo Parque Silva Porto.