sexta-feira, 30 de março de 2012

"Um pequeno museu de Arte Antiga no meio de um centro comercial"





Exposição no Centro Comercial Colombo

Um pequeno museu de Arte Antiga no meio de um centro comercial

30.03.2012 - Por Lucinda Canelas, in "Público"




Dezenas de obras de arte medievais estão reunidas num módulo de madeira na arena central do Centro Comercial Colombo, em Lisboa. É a primeira vez que o Museu de Arte Antiga faz algo do género. Para seduzir.


O Museu de Arte Antiga terá duas exposições no Colombo até final do Verão.
(Fotografia de Miguel Manso)




Um pequeno museu dentro de um gigante comercial. Uma caixa de madeira de paredes vermelhas com um anjo músico por guardião e 31 obras de arte medievais no interior, como se de uma montra inusitada se tratasse, entre centenas de lojas e um hipermercado. Construir Portugal. Arte da Idade Média, a exposição que foi ontem inaugurada no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, leva o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) a um público que nem sempre se desloca à Rua das Janelas Verdes para ver a mais importante das colecções públicas portuguesas.

Profetas do século XV do Mosteiro da Batalha, pedaços de tecido com caracteres árabes, uma Adoração dos Magos em alabastro, pintura flamenga de evocação religiosa, uma cruz processional feita em Granada com mais de 600 anos e um arcanjo de pedra pintada contam a história da formação do reino, num período de encontro - e confronto - de culturas na Península Ibérica, de grande transformação política, religiosa, social.

A exposição, a primeira de duas que o MNAA fará no centro comercial, integra o projecto A Arte Chegou ao Colombo, lançado no ano passado com Quatro Elementos, Quatro Artistas (Museu Colecção Berardo). Para o director do Colombo, Paulo Gomes, é uma forma de apresentar arte em espaços não tradicionais, para o director de Arte Antiga, António Filipe Pimentel, uma maneira de "abrir uma janela" sobre o museu e de atrair visitantes.

"Estamos numa praça urbana por onde passam milhares de pessoas. Socialmente este é um espaço importante. Estar aqui aumenta a visibilidade do museu e a sua capacidade de sedução", disse Pimentel, lembrando que "é a primeira vez que o museu faz algo assim" e que, aos fins-de-semana, passam pelo Colombo mais de 70 mil pessoas (o MNAA teve no ano passado 129 mil visitantes).

Com esta exposição e com a que se segue, dedicada à Expansão - Desenhando o Mundo. Arte da Época dos Descobrimentos, de 5 de Julho a 30 de Setembro -, o director quer aumentar o reconhecimento nacional da colecção do museu. Por isso, explica, Pimentel e a sua equipa escolheram dois temas que falam ao imaginário de um público alargado. "A Idade Média, com as suas histórias de cavaleiros e reconquistas, e os Descobrimentos são eixos fortemente identitários.

Foi difícil seleccionar

Seleccionar as peças que hoje se podem ver no módulo desenhado por Manuela Fernandes, em vitrinas climatizadas que mantêm, garante José Alberto Seabra de Carvalho, director adjunto do museu, "todas as condições de dignidade e segurança de qualquer obra no MNAA", não foi tarefa fácil. As peças saíram todas das reservas do museu que tem um acervo com mais de 40 mil objectos, muitos deles tesouros nacionais. "A exposição permanente do MNAA não foi alterada", explica Pimentel, "mas o que temos aqui é um pequeno pólo - não quisemos trazer peças, quisemos trazer o museu."

Construir Portugal foi montada de madrugada para não perturbar as rotinas do centro, nem pôr em risco a segurança das peças. O programa expositivo começa com a cristianização do território e vai até ao final da Idade Média, com duas esculturas retiradas no séc. XIX do portal do Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Batalha) a fazerem a ponte para a exposição dos Descobrimentos. "São duas peças de grande qualidade artística e que pertencem ao monumento simbólico da dinastia de Avis, intimamente ligada à Expansão. São elas que abrem a porta para o mundo que vamos mostrar a partir de Julho."

Nesta exposição merecem ainda destaque uma pintura da Virgem com o Menino - "exemplo de como este período medieval é também o da criação de uma arte transportável, sinónimo de disseminação cultural, de afirmação de uma certa elite e de um certo tipo de devoção, mais intimista" - e um quadro de S. Tomás de Aquino (oficina portuguesa, c.1530), em que aparecem representados os livros que, para evitar "riscos injustificáveis", não estão na exposição.

Para já, o Colombo não quer revelar os custos de montagem das duas exposições do MNAA. O seu director prefere chamar-lhe investimento e limita-se a dizer que envolveu nesta operação 15% do seu orçamento de marketing. O MNAA não recebe qualquer contrapartida financeira.






quarta-feira, 28 de março de 2012

"Jantar com Cinema"




(por Alexandra Carvalho)




Direitos de autor da imagem: Centro Comercial Fonte Nova (2012)


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Entre 1 de Março e 31 de Maio, por cada 15€ em jantares no Centro Comercial Fonte Nova, das 19h às 23h, receba um voucher que poderá trocar por 2 bilhetes de cinema.

Pode juntar, no máximo, 2 talões para perfazer a quantia de 15€ ou múltiplos desta quantia.

Para mais informações consulte o regulamento desta promoção no balcão da recepção do Centro Comercial.






terça-feira, 13 de março de 2012

Visita a Benfica






Fotografias de Pedro Macieira (2012)




Tem sido muito frequente a interacção entre mim e o blog "Retalhos de Bem-Fica", interacção essa que me tem permitido saber mais dos meus antepassados. Através deste blog e dos seus leitores obtive informações importantes referentes à Euterpe de Benfica, ao Fó Fó, e à casa onde viveram os meus avós e a minha mãe, na Estrada de Benfica nº584.

Avisado de novo pela Alexandra, de que a velha casa iria, talvez, ser demolida – voltei, recentemente, ao nº 584 da Estrada de Benfica, para fazer, talvez, as últimas fotos da casa na qual os meus avós viveram até 1936, mudando-se nessa altura para Campo de Ourique.

A velha casa está agora de facto isolada por baias metálicas, face ao perigo de desmoronamento.

Nessa tarde, depois de fazer uma rápida visita ao Fó Fó para cumprimentar o amigo Lau (no qual encontrei uma foto do meu avô numa zona de destaque), encontrei, por mero acaso, uma moradora octogenária de Benfica, no Café "Nilo", que mora na Rua Cláudio Nunes, e que, na sua juventude, frequentava as matinés da Euterpe Benfica – não podia ter terminado melhor a visita a Benfica...

Falta só um agradecimento especial à Alexandra e à sua acção através do "Retalhos de Bem-Fica", que me permitiu ter agora esta pequena história para contar.






segunda-feira, 12 de março de 2012

Feira da Memória: Tralhas & Livros





Fotografia e concepção gráfica: Alexandra Carvalho (2012)

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O espírito da "Ulmeiro" está de volta à Av. do Uruguai e a Benfica!...

Para possibilitar esvaziar a cave (arranjando, assim, espaço para a organização de actividades culturais) e, também, para dar alguma animação à loja, um pequeno grupo de pessoas e o blogue comunitário "Retalhos de Bem-Fica" resolveram apoiar a realização desta "Feira da Memória: Tralhas & Livros".

Os preços atractivos são, também, um convite para nos visitar, neste Baú da Memória, cheio de tralhas e livros.

Divulguem e, sobretudo, apareçam!...










domingo, 11 de março de 2012

"A Conversa dos Outros" - programa sobre Benfica





(por Alexandra Carvalho)




Já se encontra online o programa "A Conversa dos Outros", gravado em Outubro do ano passado, na nossa freguesia...




[clicar na imagem para ver o programa]





Muito obrigada a todos os moradores e comerciantes que contribuíram para a gravação deste programa!

Muito obrigada à excelente equipa de produção da Buenos Aires Filmes (Miguel, Guillermina, Gonçalo e Raquel) pelo tempo que dedicaram à nossa freguesia!






terça-feira, 6 de março de 2012

Movimento Perpétuo pela Música Tradicional Portuguesa





*** Informação disponibilizada
através do
website da Junta de Freguesia de Benfica



Direitos de autor do cartaz: Junta de Freguesia de Benfica (2012)



MOVIMENTO PERPÉTUO PELA MÚSICA TRADICIONAL PORTUGUESA

20.º Aniversário do Auditório Carlos Paredes



O Pelouro da Cultura da Junta de Freguesia de Benfica em parceria com a A MÚSICA PORTUGUESA A GOSTAR DELA PRÓPRIA organizam esta iniciativa com o objectivo de Comemoração do 20.º Aniversário do Auditório Carlos Paredes elogiando a música portuguesa.

É uma iniciativa que apoia e divulga a música tradicional portuguesa na Freguesia de Benfica com cinco concertos em dois dias de verdadeiro movimento perpétuo.

Não perca!


Sexta-feira:

22h00 CAPA GRILOS 23h OMIRI

Sábado:

21h30 GRUPO CORAL FEMININO ROSINHAS DE SANTA CLARA DO LOUREDO
22h00 VELHA GAITEIRA
23h00 O BAÚ



Movimento perpétuo pela música tradicional portuguesa from MPAGDP on Vimeo.





Cinco concertos em dois dias!...

Mais informações/ Reservas:
http://www.jf-benfica.pt/​auditorio/movimento.html






domingo, 4 de março de 2012

A Quinta da Feiteira (Capítulo III)



Todos os direitos reservados @ Fausto Castelhano, "Retalhos de Bem-Fica" (2012)




Benfica - Uma freguesia do Termo de Lisboa


Capítulo III
A Quinta da Feiteira
- A Monarquia portuguesa agoniza… -



A convulsão social e política nos primórdios do século XX tornou-se imparável… A vaga de agitação permanente e difícil de conter varria o território de norte a sul:
A greve geral dos operários metalúrgicos da Empresa Industrial Portuguesa rebenta a 4 de Fevereiro de 1904 e recebe fortíssimo impulso mercê da adesão maciça dos trabalhadores portuários e do operariado de inúmeras empresas; a coberto da madrugada do dia 11 de Abril de 1904, a polícia assaltou as tipografias dos jornais republicanos “O Mundo”, “O Século” e “A Vanguarda” e, logo de seguida, a Censura Prévia é imposta de modo violento…



Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro (Ponta Delgada, 7 de Novembro de 1849-Lisboa, 1 de Agosto de 1907). Distinto parlamentar e Par do Reino, Procurador-geral da Coroa, Ministro das Obras Públicas, das Finanças e dos Negócios Estrangeiros. Líder incontestado do Partido Regenerador. Assumiu, por 3 vezes, o cargo de Presidente do Conselho (equivalente, hoje, ao lugar de Primeiro-ministro). Foi um dos políticos dominantes da fase final da Monarquia Constitucional e ocupou a Presidência do Ministério mais tempo que qualquer outro político durante esse espaço de tempo.
(Foto Wikipédia)



Hintze Ribeiro consegue a dissolução das Cortes a 20 de Abril de 1904; a 19 de Junho e a propósito de um comício dos Republicanos, a polícia avançou e reprime brutalmente a concentração dos manifestantes; as eleições gerais realizadas a 26 de Junho dão a vitória ao Partido Regenerador que, afinal, já dirigia a governança não obstante, resolve estabelecer acordos com os Progressistas.
A queda do governo de Hintze Ribeiro verifica-se a 18 de Outubro de 1904 provocada pela acalorada discussão parlamentar em torno dos novos contratos do tabaco e dos fósforos e, a 20 de Outubro, será constituído novo elenco governativo que irá ter, por base, o Partido Progressista. O governo permanecerá em funções até 1 de Fevereiro de 1906 e será o último presidido por Luciano de Castro, apelidado de “O ministério das mil e uma maravilhas”. Este ministério ficará como o 8º Governo do Rei D. Carlos e o 4º Governo chefiado pelos Progressistas.
A 12 de Novembro de 1904, as Cortes encerraram e só voltarão a reabrir em 3 de Abril de 1905. Entrementes, e aproveitando a visita demorada a Inglaterra do rei D. Carlos, é assinado em Windsor, a 16 de Novembro de 1904, um Tratado Luso-Britânico e onde será reiterada a aliança existente entre Portugal e a Grã-Bretanha sendo, então, renovada a garantia inglesa em relação à integridade total dos territórios portugueses, tanto na metrópole como, também, nas possessões ultramarinas.



José Luciano de Castro Pereira Corte-Real (Oliveirinha, 14 de Dezembro de 1834 - Anadia, 9 de Março de 1914), mais conhecido por José Luciano de Castro. Advogado, jornalista e político que se notabilizou como um dos fundadores do Partido Progressista. Alcunhado de “velha raposa”, foi deputado, ministro e Presidente do Conselho de Ministros em diversas ocasiões. Foi, ainda, Par do Reino, Conselheiro de Estado, Director-geral dos Próprios Nacionais, vogal do Supremo Tribunal Administrativo e Governador da Companhia Geral de Crédito Predial Português.
(Foto Wikipédia)



Em Dezembro e a completar o agitado ano de 1904, estalam graves motins no Seminário de Bragança. Os seminaristas revoltaram-se contra o rigor disciplinar e as péssimas condições de alimentação. Desfilaram pelas ruas da cidade e, na sequência de tais actos, vários estudantes serão expulsos do seminário.



22 de Janeiro de 1905 - O “Domingo Sangrento” em São Petersburgo, Rússia.
(Foto Wikipédia)



Na longínqua Rússia czarista, a augúrio de borrasca eminente era incontestável. A 22 de Janeiro de 1905 (9 de Janeiro de acordo com o calendário antigo), ocorre o massacre que ficou conhecido na História como o “Domingo Sangrento”: muitos milhares de pacíficos manifestantes marcharam na cidade de São Petersburgo no intuito de apresentar uma petição ao Czar Nicolau II. Bloqueados, seriam selvaticamente baleados pela Guarda Imperial. Saldo final: 92 mortos e centenas de feridos.
As eleições gerais em Fevereiro de 1905, resulta na vitória dos Progressistas; a 22 de Março, a Rainha Alexandra de Inglaterra chega a Lisboa em visita oficial e a 27 de Março acontece, em Lisboa, a visita do Imperador da Alemanha, Guilherme II.
As Cortes serão dissolvidas a 10 de Setembro e a 27 de Outubro, o Presidente da França, Émile Loubet, chega a Portugal em visita oficial. Os republicanos aproveitam a soberana ocasião e descem à rua em enormes manifestações de regozijo.



Manuel de Brito Camacho (Aljustrel, 12 de Fevereiro de 1862 - Lisboa, 19 de Setembro de 1934) foi médico militar, escritor, publicista e político que, entre outros cargos de relevo, exerceu as funções de Ministro do Fomento (1910-1911) e de Alto-Comissário da República, em Moçambique (1921 a 1923). Fundou e liderou o Partido Unionista. Foi fundador e director do jornal “A Luta”, órgão oficioso do Partido Unionista.
(Foto Wikipédia)



No dia 1 de Janeiro de 1906 e dirigido por Brito Camacho, nasce o jornal republicano “A Luta” e, em Fevereiro, os jornais da oposição ao governo são apreendidos pela polícia que, sem perda de tempo, começa a vigiar, ferreamente, as tipografias da imprensa desafecta ao regime: a 13 de Fevereiro confisca os jornais “Primeiro de Janeiro” e “O Mundo” e, no dia 16 do mesmo mês, contingentes da polícia apoderam-se das publicações “A Paródia”, o “Novidades” e “O Liberal”.



Em Novembro de 1904, e aproveitando a visita do Rei D. Carlos à Inglaterra, é assinado um acordo com o rei Eduardo VII e onde é reiterada a aliança luso-britânica decorrente do Tratado de Windsor.
(Foto Wikipédia)



Hintze Ribeiro forma o seu último governo a 21 de Março de 1906; a greve dos tipógrafos avança no início de Abril de 1906 e, a 13 de Abril, as tripulações a bordo de navios de guerra ancorados no estuário do Tejo, entre os quais, o cruzador D. Carlos I e o couraçado Vasco da Gama revoltaram-se. Reprimidos pelas forças pró-governamentais, os marinheiros amotinados serão julgados e condenados a pesadas penas de reclusão ou à deportação para Timor, Angola ou Moçambique.



O cruzador da Armada Portuguesa D. Carlos I onde os marinheiros se amotinaram no dia 13 de Abril de 1906. Navio construído em 1898 nos estaleiros de Vickers-Armstrong, Newcastle. Tonelagem: 4.250.
(Foto Wikipédia)



A 17 de Maio de 1906, a governação de Hintze Ribeiro chega ao seu termo porém, a 19 de Maio, João Franco assume a chefia da governação obedecendo a pedido expresso do Rei D. Carlos.
Em Março estoura a greve académica dos estudantes de Coimbra que, rapidamente, vai alastrar a todo o país; a 11 de Abril, João Franco faz aprovar, pelo Parlamento, a Lei de Imprensa, lei que se vai pautar por fortíssimo carácter repressivo.
João Franco encerra as Cortes e instaura a Ditadura a 12 de Abril e, a 27 de Maio, o Rei D. Carlos é atacado, verbalmente, em pleno comício republicano.
A Câmara Municipal de Lisboa é dissolvida pelo governo de João Franco no dia 6 de Junho; a 7 de Agosto de 1907, é promulgado o descanso semanal obrigatório.




O Futebol em Portugal


Entretanto, aos tropeções, o incipiente Desporto em Portugal vai traçando penosa caminhada e, quanto ao Futebol, cuja influência no país se ficou a dever, principalmente, a alguns estudantes que retornaram de Inglaterra onde prosseguiam os estudos académicos, começou a gatinhar e a ganhar algum incremento nos finais do século XIX.



O monumento que evoca, condignamente, o primeiro jogo de futebol realizado em Portugal e que ocorreu em 1875. Local: Largo da Achada, Freguesia da Camacha, Ilha da Madeira.
(Foto Wikipédia)



Segundo registos oficiais, o primeiro sítio conhecido em Portugal onde se praticou Futebol, teria sido no Largo da Achada, Freguesia da Camacha, Ilha da Madeira, no ano de 1875. O novo desporto fora introduzido na Ilha da Madeira pelo cidadão Harry Hinton, jovem britânico e estudante em Londres e que visitava frequentemente a Pérola do Atlântico, motivado pelo facto dos seus progenitores possuírem uma quinta na Freguesia da Camacha onde, por hábito, costumavam passar a época de Verão.



Guilherme Pinto Basto, personalidade a quem se atribui a introdução do Futebol em Portugal.
(Foto Wikipédia)

A memorável apresentação pública da prática de Futebol e depois de explanadas as regras do novel desporto, desenrolou-se com uma bola de couro trazida de Inglaterra pelo jovem estudante inglês e vários testemunhos são unânimes em atestar a curiosidade e o enorme entusiasmo pelo Futebol no seio da população local…
O crescente interesse e a divulgação da nova modalidade desportiva concitou as atenções gerais dos insulares e, rapidamente, vai expandir-se e conquistar os restantes lugares da Ilha da Madeira.
Em Portugal Continental, a implementação do popular desporto deve-se a Guilherme Pinto Basto, de acordo com as opiniões de conceituadas personalidades, incluindo os seus irmãos Eduardo e Frederico… Em 1884, Guilherme Pinto Basto trouxera para Portugal a primeira bola de futebol como recordação de estudante e praticante desportivo em Inglaterra… Quatro anos depois, lançou a iniciativa de organizar uma demonstração de Futebol aberta a toda a população e que irá ter lugar num Domingo de Outubro do ano de 1888 na Vila de Cascais tendo, como recinto de jogo, um terreno fronteiriço ao Clube da Parada.



Cascais, Outubro de 1888… Os jogadores que tomaram parte na primeira exibição pública de futebol em Portugal Continental.
(Foto Wikipédia)



Participaram, entre outros e para além dos irmãos Pinto Basto: conselheiro Aires de Ornelas, Francisco Alte, Hugo O'Neil, o Visconde de Asseca, o Marquês de Borba, o Conde de S. Lourenço e Francisco Figueira.
Mais tarde, com o apoio incondicional dos irmãos Eduardo e Frederico prepararam, também, a primeira partida de futebol em Portugal Continental… O desafio realizou-se a 22 de Janeiro de 1889 entre as mesmas formações de portugueses e ingleses que, no ano anterior, actuaram em Cascais… Porém, estabeleceu-se que o jogo seria disputado no espaço onde, actualmente, se encontra edificada a Praça de Touros do Campo Pequeno… Optou-se por um terreno devoluto em Lisboa com o objectivo declarado de propagandear e fazer chegar ao povo a grande novidade de então: o Futebol.



Aspecto de um treino de futebol nos terrenos do Campo Pequeno.
(Foto Wikipédia)

Com Guilherme Pinto Basto na baliza, a formação portuguesa actuou com os seguintes jogadores, ainda sem posições fixas e, nem sequer, sistemas tácticos delineados: João Saldanha Pinto Basto, João Bregaro, Eduardo Romero, Eduardo Ferreira Pinto Basto, Afonso Vilar, D. Simão de Sousa Coutinho (Borba), Eduardo Pinto Coelho, Frederico Pinto Basto, Fernando Pinto Basto, Augusto Moller e Henrique Vilar. Dos doze atletas, provavelmente, um dos jogadores mencionados teria alinhado como suplente. Equipamento bizarro e cores para todos os gostos e feitios tendo alguns dos atletas, calçado sapatos em vez de botas.
A equipa inglesa, envergando equipamento bastante mais uniforme, alinhou com os seguintes elementos: J. Frazer, J. Mason, C. Anderson, Wray, R. W. Watson, Rawstron, Govan, Briggs, F. Palmer, C. Cox e mais um atleta não identificado.
Com a tarde um pouco ventosa e enorme assistência ao redor do rectângulo de jogo, a histórica peleja saldou-se por uma vitória da formação portuguesa sobre a equipa inglesa por 2-1.



Campo Pequeno, 22 de Janeiro de 1889. Jogadores da equipa portuguesa que disputaram o primeiro jogo de futebol realizado em Portugal Continental.
(Foto Wikipédia)



Muitos e muitos desafios se disputaram a seguir e a sua difusão tornou-se avassaladora… Dia a dia, o Futebol captaria adeptos em todas as camadas sociais da sociedade portuguesa e todos os jovens desejavam experimentar a sensação de chutar uma bola de futebol. E assim, começaram a surgir grupos e mais tarde clubes dedicados à prática e ao desenvolvimento da nova modalidade desportiva.



A equipa inglesa que disputou um encontro com um misto português no dia 22 de Janeiro de 1889. O jogo realizou-se nos terrenos do Campo Pequeno e a formação portuguesa venceu a equipa inglesa por 2-1 .
(Foto Wikipédia)

A inusitada euforia pelo jogo propagou-se célere e começou a ser induzido e praticado nos colégios e outros locais tendo levado, logicamente, ao frequente nascimento de clubes por todo o espaço territorial.



Emblema do Sport Club Vianense, clube fundado em 13 de Março de 1898 na cidade de Viana do Castelo, a antiga Viana da Foz do Lima.
(Foto Wikipédia)



Até ao final do século XIX, associações como o Clube Lisbonense (fundado em 1889 e que teve origem no Colégio Lisbonense, mais conhecido por Vilar), o Carcavelos Esporte Clube (formado por trabalhadores ingleses do cabo submarino), o Clube de Braço de Prata e o Real Ginásio Clube Português (fundado em 1875), o Estrela Futebol Clube, o Académico Futebol e o Campo de Ourique, o Cricket Porto e o Sport Clube Vianense vão emergindo aqui e ali, fomentando o exercício da nova coqueluche desportiva ou criando as respectivas secções no firme propósito de competirem entre os diversos clubes.
Em 1894, a Cidade Invicta assiste, entusiasmada, ao primeiro jogo de Futebol entre as selecções de Lisboa e Porto organizado, claro está, por Guilherme Pinto Basto, profundo entusiasta do “belo Jogo” e proeminente cidadão a quem o Desporto português muito deve.
O encontro realizou-se no dia 2 de Março de 1894 no extinto Campo Inglês, isto é, na zona do Campo Alegre e, segundo as crónicas da época, reuniu uma selecção de Lisboa composta por jogadores do Club Lisbonense, do Carcavelos Club e do Braço de Prata, a que se opôs um conjunto da cidade do Porto formada por atletas do Oporto Cricket Club.



A histórica equipa do Football de Lisboa que no dia 2 de Março de 1894, na cidade do Porto, triunfou por 1-0 no primeiro encontro Lisboa-Porto, posa com a magnífica taça de vencedor do encontro, uma das peças de maior valor histórico do Futebol lusitano.
(Foto Wikipédia)



O célebre desafio foi abrilhantado pela presença do Rei D. Carlos, a Rainha D. Amélia, os príncipes D. Luís Filipe e D. Manuel e, ainda, uma numerosa e luzida comitiva que acompanharam a ilustre e real família.



A "Cup D'El-Rey", em disputa no célebre jogo de 2 de Março de 1894 entre as selecções de Lisboa e Porto. A selecção da capital venceu o encontro por 1-0. Este troféu encontra-se na posse do CIF, Clube Internacional de Futebol e foi entregue a esta agremiação por Guilherme Pinto Basto aquando da sua fundação em 1902 .
(Foto Wikipédia)



A equipa de Lisboa ganhou o jogo por 1-0 e, pela primeira vez, o vencedor sobraçava, de regresso a casa, um belo troféu em prata, neste caso, a Taça D. Carlos I, generosa oferenda do citado monarca. Ao terminar a partida, El-Rei D. Carlos fez questão de entregar o real e valioso prémio, pessoalmente, a Guilherme Pinto Basto.



Emblema da Associação Académica de Coimbra. Fundada em 1876, resultou da fusão do Clube Atlético de Coimbra (1861) e da Academia Dramática (1837).
(Foto Wikipédia)



Guilherme Pinto Basto manteve o troféu na sua posse até à criação do CIF-Clube Internacional de Futebol onde, na realidade, a entregaria… Aí permanece como uma magnífica e importante raridade histórica do Futebol em Portugal.
Actualmente, o clube português com maior longevidade é, sem sombra de dúvida, a Associação Académica de Coimbra. Fundado em 1876, a Académica resultou da fusão do Clube Atlético de Coimbra (1861) e da Academia Dramática (1837) .
O Futebol Clube do Porto, após uma tentativa frustrada em 1893, só apareceu em 1906, estimulado por José Monteiro da Costa, entre outros. O Sporting Clube de Portugal surge em 1906 sob a iniciativa do Visconde de Alvalade e do seu neto José de Alvalade.



O Club Internacional de Foot-Ball, popularmente conhecido pela sigla CIF, continua a manter no nome, a grafia do início do século XX. Foi fundado em 1902 por dois membros da família Pinto Basto, introdutora do futebol em Portugal: Fernando e Eduardo Luís.
(Foto Wikipédia)



Fundado no ano de 1902, o CIF-Clube Internacional de Futebol, originalmente designado por Foot-Ball Club Swifts, nome que revelava a forte influência inglesa dos primeiros tempos da prática desportiva do “pontapé na bola”, foi a primeira equipa de futebol portuguesa a actuar no estrangeiro, e logo premiada através de uma saborosíssima vitória sobre o Madrid Fútebol Clube. O desafio realizou-se em 1907 na cidade de Madrid, Espanha.




O Sport Lisboa e o Grupo Sport Benfica… entrelaçados no mesmo destino…



O Sport Lisboa

Ora, no ano de 1904 entra na liça o clube desportivo que, mais tarde e após “casamento” com o Grupo Sport Benfica, viria a tornar-se um dos mais prestigiados clubes portugueses de sempre, mesmo a nível internacional: o Sport Lisboa e Benfica o qual, vai permanecer, indissoluvelmente ligado à Quinta da Feiteira.



Farmácia Franco, em Belém. Nas traseiras deste estabelecimento foi fundado o Sport Lisboa no dia 28 de Fevereiro de 1904.
(Foto Wikipédia)



Como assim? Evitando esmiuçar a história do Sport Lisboa e Benfica, vamos apenas assinalar algumas datas e enquadrá-las na época, já remota, que estamos a abordar e transcrever os momentos que marcaram, profundamente, a firme arrancada do Sport Lisboa, a colectividade que, passados 4 anos, se transmudaria no actual Sport Lisboa e Benfica.
Assim, irmanados pela mesma causa meritória, um grupo amigos e ex-alunos da Real Casa Pia de Lisboa, onde sobressaía a figura lendária de Cosme Damião, reuniram-se a 28 de Fevereiro de 1904 nas traseiras da Farmácia Franco, estabelecimento situado na zona de Belém, e decidiram fundar um clube desportivo que baptizaram com o nome de Sport Lisboa e comportaria, apenas, uma secção desportiva dedicada ao Futebol.
No histórico conclave e além d’outras decisões, ficou definida, de imediato, a cor do equipamento a envergar (vermelho e branco) e, também, a configuração do respectivo emblema em que constaria uma águia e a sigla “E pluribus unum”. (Lema nacional dos Estados Unidos da América. Traduzido do Latim, significa "De muitos, um").



Cosme Damião (Lisboa, 2/11/ 1885 - Sintra, 11/06/1947). Ex-aluno da Real Casa Pia de Lisboa, jogador, técnico, dirigente, capitão geral, jornalista do Sport Lisboa e Benfica e um dos 24 fundadores do Sport Lisboa, em 1904, na reunião da Farmácia Franco. Mas a acta da histórica reunião, manuscrita por Cosme Damião, não incluiu o seu nome, certamente, por esquecimento.
(Foto Wikipédia)



Segundo registos fidedignos, o primeiro jogo em que participou a equipa de futebol do Sport Lisboa, sucedeu a 1 de Janeiro de 1905 nos terrenos conhecidos como as Terras do Desembargador, tendo a equipa da “casa” defrontado e vencido o categorizado team do Campo de Ourique pelo score de 1-0.



Emblema do clube Sport Lisboa fundado a 28 de Fevereiro de 1904.
(Foto Wikipédia)

Todavia, a primeira e auspiciosa vitória do Sport Lisboa ocorreu a 10 de Fevereiro de 1907 no Campo da Quinta Nova, em Carcavelos… O Sport Lisboa levou de vencida os "mestres ingleses" do Carcavelos Club pela marca de 2-1.




As Terras do Desembargador, o primeiro campo de futebol onde o Sport Lisboa praticou a popular modalidade.
(Foto Wikipédia)




O Carcavelos Club perfizera, àquela data, nove anos de total invencibilidade e o sensacional resultado então alcançado contribuiu, fortemente, para implantar o Sport Lisboa no coração da população lisbonense e atrair, nos jogos seguintes, a presença considerável e entusiástica dos adeptos do futebol.
O primeiro confronto entre o Sport Lisboa e o Sporting Clube de Portugal foi levado a efeito no dia 1 de Dezembro de 1907. A vitória sorriu ao Sporting por 2-1 e o derby desenrolou-se no Campo da Quinta Nova em Carcavelos.



O primeiro “plantel” do Sport Lisboa.
(Foto Wikipédia)




Ora, o Sport Lisboa não dispunha de campo desportivo próprio em Belém, a zona da cidade de Lisboa onde tivera a sua origem, facto que levantava obstáculos intransponíveis e levando o clube, sempre, a jogar nos diversos campos de futebol da área da cidade de Lisboa e arredores que se encontrassem disponíveis beneficiando, ainda assim, da complacência ou do favor dos seus proprietários.
O clube já possuía uma razoável super-estrutura, ou seja, sólida e organizada equipa de Futebol, mas faltava-lhe a infra-estrutura: terreno desportivo próprio que permitisse, aos seus jogadores, explanar e desenvolver o desporto da sua preferência que, de modo tão generoso, praticavam.



10 de Fevereiro de 1907 - Campo da Quinta Nova, em Carcavelos. A equipa de futebol do Sport Lisboa que venceu o Carcavelos Club por 2-1.
(Foto Wikipédia)



Normalmente, o Sport Lisboa utilizava um terreno público que oferecia precárias condições para a prática desportiva e que estava situado junto ao Convento das Salésias, a que chamavam Terras do Desembargador, a norte da Rua do Embaixador e entre a Rua das Zebras e a Rua das Freiras Salésias.



Equipa de futebol do Sport Lisboa na época de 1907/1908. Plantel: Persónio, Cosme Damião, António Meireles, António Costa, Eduardo Corga, Luís Vieira, Mocho, Bragança, Bermudes, António Alves, França, Teixeira, Machado, Luís Gomes, Domingos Simões, Encarnação, Artur José Pereira e Álvaro Corga.
(Foto Wikipédia)



Então, alguns associados do Sport Lisboa e que, por acaso, também pertenciam ao Grupo Sport de Benfica (fundado em 1906), após o conhecimento da recente existência do campo da Quinta da Feiteira, avançaram com uma ideia aliciante: entabular negociações com os dirigentes da colectividade da Freguesia de Benfica e indagar da possibilidade da equipa de futebol do Sport Lisboa passar a exercer as suas actividades futebolísticas nas instalações do Campo da Feiteira...
Apesar da excelente localização e impecáveis condições desportivas, o Campo da Quinta da Feiteira, normalmente, não era utilizado na modalidade de Futebol.
E se é verdade que durante a época futebolística de 1907/08, o Sport Lisboa continuou a utilizar os campos existentes em Lisboa, com a recente abertura do campo da Quinta da Feiteira, localizado junto à Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, o Sport Lisboa começou a competir no recinto desportivo da Várzea da Feiteira, embora na condição de campo neutro.



1 de Dezembro de 1907 - Campo da Quinta Nova, em Carcavelos. A equipa do Sport Lisboa que disputou, com o Sporting Clube de Portugal, o primeiro desafio entre os dois futuros baluartes do desporto português. Da esquerda para a direita: José Gameiro, João Persónio e José Neto; no segundo plano: Félix Bermudes, Eduardo Corga, Henrique Teixeira, António Meireles e Carlos França; de pé: Luis Vieira, Cosme Damião e Marcolino Bragança.
(Foto Wikipédia)



Entabuladas as negociações num clima de franca cordialidade com a direcção do Grupo Sport Benfica, chegou-se a acordo unânime entre as partes envolvidas na diligência. Assim, a 24 de Novembro de 1907, marco importante na história do clube oriundo de Belém, o Sport Lisboa vai entrar pela primeira vez no Campo da Feiteira onde exibirá, perante os numerosos adeptos e simpatizantes, o seu já reputado futebol.
No memorável encontro, a contar para o Campeonato Regional de Lisboa, o Sport Lisboa derrotou a categorizada equipa do CIF-Clube Internacional de Futebol pelo resultado final de 1-0.



O Grupo Sport Benfica

Entretanto, e voltando um pouco atrás no tempo, o riquíssimo historial da pitoresca Freguesia de Benfica iria ficar assinalado por uma data verdadeiramente notável mercê de um acontecimento importantíssimo: precisamente no dia 26 de Julho de 1906, tem lugar a fundação do Grupo Sport de Benfica (GSB), clube especialmente vocacionado para os desportos de velocipedismo e pedestrianismo.
A 11 de Junho de 1906, estreia-se nas competições de ciclismo e, a 2 de Dezembro do mesmo ano, inicia a sua participação na modalidade de atletismo…
Envolvida em ambiente de enorme entusiasmo, a festa inaugural do Grupo Sport Benfica realiza-se a 02/09/1906. O festival incorporava provas velocipédicas, corridas de púcaros e de fitas, gincanas e corridas de atletismo…
O evento desportivo decorreu na Quinta da Feiteira e o magnífico espaço para tão importante evento foi amavelmente cedido pelo seu proprietário, o Sr. César de Figueiredo…
Em 26/05/1907, o Grupo Sport de Benfica tomou oficialmente posse do terreno na Quinta da Feiteira, conhecido como a Várzea da Feiteira… O local, situado junto à Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, abrangia o espaço que mediava entre a própria Estrada de Benfica (a antiga Estrada Real de Sintra) e o rio, vulgarmente conhecido como a Ribeira de Alcântara.
Assim, o Grupo Sport Benfica passou a dispor de um recinto dedicado a festivais desportivos e jogos de futebol suficientemente espaçoso o qual, abrangia uma superfície rectangular com 9.600m2, ou seja, uma frente com o comprimento de 120 metros e uma largura de 79 metros abarcando a totalidade da actual urbanização, tanto da Estrada de Benfica (entre a Avenida Grão Vasco e a Estrada de A-da-Maia) como da Rua Emília das Neves: prédios, moradias e quintais.
O aluguer cifrou-se na quantia de 40 mil réis (40$00) por cada semestre.



Grupo Sport Benfica, especialmente vocacionado para o atletismo e o ciclismo, foi fundado em 26 de Julho de 1906 na Freguesia de Benfica.
(Foto Wikipédia)



A Rua Emília das Neves corresponde, sensivelmente, à linha lateral sul do antigo campo de futebol. Agora, um pormenor curioso: após rigorosas medições no próprio local, constatou-se que a baliza do lado nascente do Campo da Feiteira estava colocada no sítio exacto onde, hoje, se encontra a Loja nº2 do Centro Comercial Nevada.
O complexo desportivo seria inaugurado em 14-07-1907 e implicou três festivais em semanas sucessivas e estava integrado, também, nas comemorações oficiais do 1º aniversário da fundação do Grupo Sport de Benfica. Os festejos incluíam provas de ciclismo, atletismo e futebol.
Entretanto, o recinto desportivo foi sofrendo ligeiras melhorias, principalmente no próprio rectângulo de jogo com o objectivo de o tornar isento de irregularidades e adaptando-o, pouco a pouco, à prática regular do futebol.
Até ao final do ano de 1907, o Campo da Feiteira continuou a ser palco de diversos pugnas desportivas mormente na modalidade de Futebol. O Sport Lisboa, protagonista assíduo do recinto desportivo da Várzea da Feiteira e mercê do bom Futebol praticado pelos seus atletas, começou a arrastar multidões…
Entretanto, o panorama geral do país encontrava-se, cada vez mais, afogado num ambiente verdadeiramente conturbado e onde se pressentia que algo de transcendental iria acontecer! Não obstante, diversos acontecimentos iam ocorrendo, seja no domínio cultural, político, religioso e, também, desportivo. O ano de 1908 despontava no horizonte: ano fulcral no destino comum das duas colectividades: o Sport Lisboa e o Grupo Sport Benfica














sexta-feira, 2 de março de 2012

"Ler por Aí"... Tarde de Sábado (10 de Março)





(por Alexandra Carvalho)


Em 2009, uma das fotografias do nosso blogue serviu de ilustração a um artigo sobre o livro "Cemitério de Pianos", de José Luís Peixoto.
E foi, assim, que ficámos a conhecer a "Ler por Aí".



Imagem de Quetzal Editores



A "Ler por Aí" pediu, agora, o contributo do "Retalhos de Bem-Fica" para um passeio, que se realiza no dia 10 de Março, tendo por mote este mesmo livro e a figura de Francisco Lázaro (ver divulgação abaixo).

Passeio sujeito a inscrição paga, que reverte na íntegra para a "Ler por Aí".




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Com encontro marcado às 15:00 no adro da Igreja de Benfica, vamos percorrer as ruas do bairro antigo de Benfica, seguindo pelas azinhagas até Carnide. O lanche será no Espaço Bento Martins, junto ao Largo da Luz, onde, na Feira da Luz, em Setembro, ainda se vendem terrinas de loiça.

Mais informações em
http://www.lerporai.com/​livro.php?livro=tds200911

Apoios: Junta de Freguesia de Carnide; Quetzal Editores; Retalhos de Benfica

Inscrição: €15,00.

Para se inscrever, envie uma mensagem para experiencia@lerporai.com até 8 de Março.