sexta-feira, 29 de março de 2013

Via Sacra em Benfica






(por Alexandra Carvalho)



Realizou-se, esta noite, nas ruas da nossa freguesia, a V
ia Sacra, com início na Igreja de Nossa Senhora das Descobertas no Centro Colombo e terminando na Igreja de Nossa Senhora do Amparo.


Estrada de Benfica
Fotografia de Alexandra Carvalho (2013)



Estrada A-da-Maia
Fotografia de Alexandra Carvalho (2013)



Rua Emília das Neves
Fotografia de Alexandra Carvalho (2013)



Rua Emília das Neves
Fotografia de Alexandra Carvalho (2013)




O "Retalhos de Bem-Fica" deseja a todos os seus leitores e vizinhos uma boa Páscoa!







segunda-feira, 25 de março de 2013

A Quinta de Montalegre e o “Bonifácio” (2)




Capítulo II - As origens da Quinta de Montalegre
(Quinta de Carlos Anjos ou Quinta de Dona Leonor)





Ler aqui o Capítulo I



(por Fausto Castelhano)



Quinta de Montalegre ou Quinta de Dona Leonor? Afinal de contas, onde se situava tão sonante herdade nas Freguesias de Benfica e Carnide e que, verdade seja dita, a maioria da população jamais se apercebeu da sua real existência? Quais os seus contornos e área territorial?


A área territorial da Quinta de Montalegre (amarelo tracejado); Azinhaga da Fonte (laranja); Estrada da Luz (vermelho); Estrada de Telheiras (verde); Largo da Luz (azul); Rua da Fonte (rosa); Rua dos Soeiros (roxo). (Extracto da Carta Militar de 1937 dos Serviços Cartográficos do Exército).   




Face à notória carência de elementos colocados à nossa disposição, recorremos à indispensável ajuda da rigorosa Cartografia Militar da década de 30 do século XX e, também, ao preciosíssimo Livro de Memórias da Pontinha, obra do padre José Baptista Pereira e que em afortunada hora decidimos desentulhar da parca biblioteca. 



Um pequeno trecho da antiga Azinhaga da Fonte e que ainda subsiste em pleno século XXI.
(Foto de Fausto Castelhano, 2012) 




Fotografias inéditas e que felizmente continuam resguardadas em boas mãos, revelaram-se de suma importância nas investigações levadas a efeito. Por último, além de indómita pachorra e depois de exploradas outras fontes onde os resultados finais se saldaram por magros proventos, resolvemos escarafunchar pelos interstícios mais fundos da memória na expectativa de que algo de substancial viesse a lume e nos levasse a recordar a nossa vivência por sítios e lugares, gentes e factos verdadeiramente fabulosos e que tanta saudade nos deixaram…



Quinta de Santo António, Azinhaga da Fonte, 26. Sobre a entrada, o magnífico painel de azulejos datado de 1742.  - (Foto de Fausto Castelhano, 2012)




Ora, a tão olvidada Quinta de Montalegre, também denominada em épocas distintas por Quinta de Dona Leonor ou Quinta de Carlos Anjos, justamente considerada uma das maiores e mais valiosas herdades incluídas nas chamadas freguesias do Termo da Cidade de Lisboa, encontrava-se circunscrita por um extenso perímetro o qual, partindo dum ponto fixado na Azinhaga da Fonte e distando cerca de 0,850 Km do Largo da Luz, passava pelo seguinte itinerário: troço da Azinhaga da Fonte até à extrema da Quinta de Santo António (±450 metros) e daqui, seguia pelas traseiras, tanto desta propriedade, como da pequena Quinta das Belgas e do complexo do Colégio Militar até chegar à Estrada da Luz (±400 metros).




A Feira da Luz remonta ao século XVI e realiza-se no Largo da Luz durante todo o mês de Setembro. Tem associada uma forte componente religiosa que culmina na procissão em honra de Nossa Senhora da Luz no último domingo de Setembro.
(Foto de Paulo Guedes - Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa)



Prosseguia por esta via (cerca de ±500 metros) ao encontro da velhinha Rua dos Soeiros. Acompanhava esta artéria até ao topo da rampa e um pouco para lá da primeira curva à esquerda, isto é, onde actualmente tem início a Rua João de Freitas Branco (±600 metros), troço que pertencia à Rua dos Soeiros. O circuito fechava-se ao longo do muro divisório da Quinta do José Antunes ou Casal do Cordeiro até ao local de partida na Azinhaga da Fonte (cerca de ±750 metros).


Adjacente à Quinta de Montalegre encontrava-se o complexo do Colégio Militar. Na foto, o edifício principal do Colégio Militar no Largo da Luz, Carnide e onde funcionou, até 1814, o Hospital de Nossa Senhora dos Prazeres.
(Foto dos Estúdios Mário Novais)





Pela sua localização geográfica específica, a Quinta de Montalegre englobava uma vasta superfície integrada nas freguesias vizinhas de Benfica e Carnide. A linha que delimitava a fronteira entre as duas autarquias locais prolongava-se desde a Azinhaga da Fonte e a Rua dos Soeiros.


1942 - O portão de acesso à Quinta de Montalegre situado na Azinhaga da Fonte, 22
(Foto de Fausto Castelhano)




O Roteiro da Cidade de Lisboa de 1965/66 precisava: os números de 1 a 15/ 2 a 22 faziam parte do território da Freguesia de Benfica; os números 17 e 24 até ao termo da Azinhaga da Fonte localizado no Largo da Luz, encontravam-se incluídos na Freguesia de Carnide. Totalmente protegida por muros elevados, a Quinta de Montalegre dispunha de três acessos principais mediante largos e robustos portões metálicos: Estrada da Luz, 203 e 209, Azinhaga da Fonte, 22 e, ainda, Rua dos Soeiros, 193.





O portão de acesso à Quinta de Montalegre localizado na Rua dos Soeiros, 193. Na foto, Carlos Alberto e o irmão Fausto Augusto no automóvel a pedais em 1942.
(Foto de Fausto Castelhano)



À excepção do edifício senhorial erguido sobre a Estrada da Luz e da modesta habitação junto ao portão de serventia da Azinhaga da Fonte onde residiu António Castelhano após o seu casamento em 28/12/1941, o restante conjunto habitacional (moradia do caseiro e aposentos dos trabalhadores rurais/”casa da malta”), adega e lagar, palheiros, vacaria, cavalariça e outros estábulos), concentravam-se paredes-meias com o portão de entrada da Rua dos Soeiros.



O conjunto habitacional e outros aposentos em 1943 estavam localizados junto ao portão de entrada da Rua dos Soeiros, 193. 
(Foto de Fausto Castelhano) 



Propriedade muito antiga, a Quinta de Montalegre (Quinta de Carlos Anjos ou Quinta de D. Leonor) já era mencionada no século XVIII, tal como se poderá constatar n’algumas páginas do livro “Memórias da Pontinha” (Selecção, Organização e Prefácio de Jorge Martins). Segundo se deduz no respectivo prefácio, trata-se de uma recolha minuciosa de vários artigos sob o título “Memórias de Carnide”, escritos em 1895 pela pena cuidadosa do prior de Carnide, padre José Baptista Pereira, publicados entre os anos de 1914 e 1916 na revista conimbricense “O INSTITUTO”.






A capa do precioso livro “Memórias da Pontinha” de José Baptista Pereira, Selecção, Organização e Prefácio de Jorge Martins - Edição da Junta de Freguesia da Pontinha. 

(Foto Wikipédia) 



Vamos, então, deitar uma olhadela às Memórias do Prior de Carnide, o padre José Baptista Pereira. Assim, ao folhear a pág. 106 e com o título “ALMEIDAS CASTELOS-BRANCOS”, deparamos com a seguinte anotação: “Na Estrada da Luz vivia em 1738 o brigadeiro Manoel d’Almeida Castello-Branco, e é d’este anno a primeira notícia que nos livros do cartorio parochial apparece, sobre esta vergontea da familia Almeida Castelo -Branco”. E um pouco à frente e na mesma pág. 106, aparece mencionado o “predio dos barões da Ilha Grande (Mesquitellas)”. Assim: “Ficava a quinta e casa de habitação na Estrada da Luz, e era evidentemente a mesma que em 1719 pertencia aos Paes, que ainda em 1737 era habitada por José Paes de Vasconcellos, que a vendeu áquelle senhor. Até meados d’este século (XIX) existia esta em terrenos contiguos ao predio dos barões da Ilha Grande (Mesquitellas) e, em 1851, foi demolida para com seus materiais edificarem os Sobraes, descendentes da família, o palácio da Travessa das Bruxas, pertencente hoje ao sr. Carlos Anjos por uma série de desgraçadas eventualidades”.




Palácio dos Albuquerques (Mesquitellas) ou Palácio dos Condes de Mesquitela, 1930. Estrada da Luz, 221. A fachada principal do belo edifício está inserida no complexo do Colégio Militar.
(Foto Wikipédia)



Trata-se, sem margem de dúvidas do belo Palácio dos Albuquerques (Mesquitellas) ou Palácio dos Condes de Mesquitela, erguido na Estrada da Luz, 221. Continuando, ainda na pág. 106, surge a notícia do sr. Carlos Anjos como proprietário da herdade, a qual baptizará com o seu próprio nome… São referidos, também, não só o jardim e as cascatas da Azinhaga da Fonte mas, também, os lagares de azeite. Vejamos:




A célebre Cascata Monumental da Quinta de Montalegre e já mencionada em 1770 no livro Memórias de Carnide escrito pelo prior de Carnide, padre José Baptista Pereira. Na foto, grupo de amigos de António Castelhano (o último, à direita) em 1943. 
(Foto de Fausto Castelhano) 



“É certo isto, que a tradição me revelou, pois que quanto de bom e vetusto aquella propriedade tem - como as cascatas e jardim da Azinhaga da Fonte, lagares apparatosos da Estrada da Luz, tudo ficava ligado á antiga caza, que gosava d’excellente situação sobre a Estrada da Luz. Abandonando essa optima e desfrontada posição, foi depois sumir-se n’uma viella estreita e mal-afamada, como seu nome indica (Travessa das Bruxas”. (in pág. 106 e 107). E na pág. 108, a referência ao cruzamento das ilustríssimas famílias Castello-Branco e Braamcamp através convenientes matrimónios: “ALMEIDAS CASTELLO-BRANCOS (BRAAMCAMPS): Em 8 de janeiro de 1752 augmentava a esta já illustre familia o brilho e lustre de sua linhagem, a aliança que fez com o residente d’El-Rei da Prússia. N’aquelle dia, no oratório da caza da quinta da Estrada da Luz, ligava-se, pelos laços matrimoniaes, a Morgada D.Maria Ignacia d’Ameida Castello-Branco, natural da freguesia de Candelaria, do Rio de Janeiro, e baptisada na capella do ex.mo Bispo d’essa diocese, filha do Brigadeiro Manoel d’Almeida Castello-Branco e de D. Helena da Cruz Pinto e Faria, com Hermano José Braamcamp, residente de d’El-Rei da Prussia, cavaleiro professo da Ordem de Christo, viuvo de D.Theresa Theodora Mascarenhas e Athaide, falecida na freguezia de S.Paulo, e natural da de Santa Catharina, de Lisboa”. Após este faustoso enlace, a propriedade começou a ser conhecida por Quinta do Braamcamp ou, mais vulgarmente, pela Quinta do Residente da Prússia”.



O Marquês de Pombal e seu filho Conde Oeiras, Presidente do Senado de Lisboa, compareceram em Carnide como convidados no casamento do Dr. Wenceslau Braamcamp d’Almeida Castello-Branco e D. Maria Magdalena Antónia Cró da Cruz. 
(Foto Wikipédia) 




E um pouco adiante, na pág. 111, a aparição de nova aliança entre famílias de altíssimo gabarito e a novidade da presença “do grande Marquez de Pombal e seu filho Conde de Oeiras, presidente do Senado de Lisboa”. Vejamos: “…E, sem nos determos mais n’estas minucias, passemos a ver como a familia Almeida Castello-Branco Braamcamp veio a enlaçar-se com a dos opulentos Cruzes, ou afidalgados Sobraes. ALMEIDAS CASTELLO-BRANCO; BRAAMCAMPS SOBRAES: Em 20 de fevereiro de 1773 unia-se a família Almeida Castello-Branco à dos Cruzes, da Fabrica da Seda, por aliança matrimonial”.




Brasão do 1º Conde do Sobral, Gerardo Wenceslau Braamcamp d’Almeida Castello-Branco. 
(Foto Wikipédia) 


"Foi nesse dia que o Dr. Gerardo Wenceslau Braamcamp d’Almeida Castello-Branco, contando apenas 19 annos de idade, cazava, no oratorio das cazas em que vivia, no largo do Malvar, o conego António José da Cruz, com D.Joanna Maria da Cruz, de Lisboa, filha de Anselmo José da Cruz e de D. Maria Magdalena Antónia Cró da Cruz. N’este casamento, feito decerto com muito luzimento e brilho, não faltaram a honrar os seus queridos amigos Cruzes, o grande Marquez de Pombal e seu filho Conde de Oeiras, presidente do Senado de Lisboa”.
“…Em sua caza da Estrada da Luz finava-se, em 25 de junho de 1775, Hermano José Braamcamp. Por 23 annos tinha elle vivido alli com sua segunda consorte, D. Maria Ignacia d’Almeida Castello-Branco, de quem, como vimos, houve seis filhos, quatro dos quais lhe sobreviveram”.
E logo a seguir, na pág. 117, além d’outras referências, aparece-nos a alusão, mais uma vez, ao Sr. Anjos (Carlos Anjos), um dos proprietários da Quinta de Montalegre ou Quinta de Carlos Anjos: “…Em 1782, vivia na caza de Dona Maria Ignacia, da Estrada da luz, o padre Domingos António, que seria o capellão da caza”.
“…Em maio de 1792 era padrinho de um baptismo um tal Thomaz Pereira Godinho, cazeiro da quinta de Gerardo Braamcamp, e que em vida lhe fôra doada por seu sogro, Anselmo José da Cruz. Já em 1793 se falla nesta quinta, quando n’aquelle anno se effectuou o baptismo de um Anselmo, filho de Francisco Alves e de Anna Josepha da Rocha Oldemberg, que se diz, no respectivo assento, morarem à quinta de Anselmo José da Cruz, na Estrada da Luz, freguesia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica, e em cujo Oratorio elles tinham cazado”
.
“...Conjecturo que seria esta quinta, pouco mais ou menos, a que hoje pertence ao sr. Anjos, e onde em 1885, o conde de Sobral edificou a caza apalaçada que ainda subsiste”.
E na pág. 122 a notícia da compra da grande herdade pelo sr. Carlos Anjos: “…Sua irmã mais nova (de D. Maria Eugénia Braamcamp de Mello Breyner) casou com o visconde, hoje conde de Mossamedes, camarista de El-Rei. Este senhor que herdou largo pecúlio, em que entrava a caza dos Sobraes, á Luz, que foi vendida em hasta publica arrematada pelo sr. Carlos Anjos, nada hoje possui aqui, extinguindo-se por isso de toda a memória d’desta familia em Carnide e Bemfica”.







1895 - Fachada do Asilo "D. Pedro V", localizado na Freguesia do Campo Grande, em Lisboa, fundado em 1857. Entre os anos de 1897 e 1898, devido a obras nas suas instalações, o Asilo D. Pedro V esteve instalado no edifício do Sr. Carlos Anjos, em Carnide. 
(Foto Wikipédia) 


Finalizamos na pág.123 onde é mencionada, novamente, a Azinhaga da Fonte e a célebre Cascata Monumental: “…A caza da Luz, que pertence hoje ao sr. Carlos Anjos, serviu durante 1892 e parte de 1893 para o noviciado das irmãs missionárias (S. José de Cluny) que está actualmente installada no extincto convento de Santa Thereza. Esteve aqui, provisoriamente, o asylo de D.Pedro V, do Campo Grande, em 1897/1898, por estar em obras sua caza”.
“Conjecturo ser a mesma em que fallei ao tractar da Azinhaga da Fonte. Em 1753 morava ali o seu dono Thomé Vasco Barreto da Gama, e em 1770, o Dr. Francisco Xavier de Macedo. Parece-me ter sido incorporada na vasta quinta do Braamcamp, onde existe hoje a cascata monumental”.





António Castelhano em 1942 (o último, à direita) em animada confraternização com amigos no bosque da Cascata Monumental da Quinta de Montalegre 
(Foto de Fausto Castelhano) 



Infelizmente, os registos históricos contidos no livro “Memórias do Padre José Baptista Pereira” em torno de prestigiadas propriedades que dominavam as freguesias de Benfica e Carnide, mormente em relação à Quinta de Montalegre, não tiveram qualquer continuidade. Apenas algumas estampas serão publicadas no início do século XX onde avulta a imagem invulgar da apanha tradicional da azeitona. Na realidade, a estupenda herdade sobressaía, não só pelo soberbo olival de cerca de 2.000 pés oliveiras mas, também, pela excelência de terras de cultivo (sequeiro e regadio) e a abundância de reservas de água no subsolo (poços e a inesgotável “mina d’água”).




A tradicional apanha da azeitona na Quinta de Montalegre em 1905. O soberbo olival com cerca de 2000 pés de oliveiras e que produzia azeite de altíssima qualidade 
(Foto do Arquivo de Fausto Castelhano) 



Aos primeiros decénios do século XX corresponde um acentuado declínio da Quinta de Montalegre originado pela instabilidade social e política do país: o Regicídio em 1908, a implantação da República Portuguesa em 1910, a participação militar na 1ª Guerra Mundial, as sucessivas trocas de governos, os assassinatos e perseguições que irão culminar com a Revolução de 28 de Maio de 1926 e a Ditadura Militar que se seguiu até 1933. É neste contexto algo agitado em meados da década de 20 que Augusto Rodrigues Castelhano, após céleres negociações, toma a ousada iniciativa de arrendar para fins essencialmente agrícolas, a totalidade da apetecível Quinta de Montalegre.
[Continua…] 




*** O autor não respeita as normas do Novo Acordo Ortográfico






sábado, 23 de março de 2013

Roteiro de Azulejaria em Benfica (6)







(por Vítor Vieira)



Fotografia de Vítor Vieira (2013)



Estação de comboios de Benfica (C.P. de Benfica).  






quinta-feira, 21 de março de 2013

Sessão de Poesia com Fernando Grade



Fotografia de Alexandra Carvalho (2011)




AMIGAS/AMIGOS,

Vamos realizar uma SESSÃO DE POESIA COM FERNANDO GRADE no dia 22/3/2013 no "ESPAÇO ULMEIRO" na Av. do Uruguai, 13A, em Benfica, pelas 18,30 horas.


"Filho de uma estorilense e de uma albicastrense, FERNANDO José da Costa GRADE nasceu no Estoril, a 1 de Abril de 1943. Estreou-se na literatura aos 19 anos, com o livro de poemas "SANGRIA" (Colecção Poesia e Verdade, Guimarães Editores).
Criou e divulga o trabalho literário dos seus dois heterónimos: ABEL SABAOTH (n. 1936), tripeiro, iberista e professor de Latim; AAL AARÃO (n. 1950), lisbonês, economista e viageiro."
Com mais de 30 títulos individuais, com destaque para "O VINHO DOS MORTOS" (5ª. edição), Fernando Grade é também o criador e dinamizador das Edições MIC. Tem o seu nome ligado ao movimento poético DESINTEGRACIONISMO com outros poetas como Hugo Beja, Nuno Rebocho ou Júlio-António Salgueiro. Também é Pintor expondo desde 1965 e tendo já realizado 16 mostras individuais.


Este é o poeta convidado do "ESPAÇO ULMEIRO" para uma leitura dos seus poemas e para uma Sessão de Autógrafos.

Contamos consigo, mas confirme a sua presença por razões de espaço (folioexemplar@gmail.com).


Cordialmente,

(José Antunes Ribeiro)






quarta-feira, 20 de março de 2013

Festa do Folar e do Azeite




(texto e imagem da Junta de Freguesia de Benfica)









A Páscoa está próxima e não nos esquecemos das tradições. Venha visitar-nos no próximo dia 24 de Março (das 9h às 18h30, no Mercado de Benfica) na Festa do Folar e do Azeite!

Uma parceria com a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro.







terça-feira, 19 de março de 2013

Os vazios urbanos na freguesia de Benfica (5)





(por Vítor Vieira com Maria Cecília Carril)




Este espaço situa-se na Rua João Ortigão Ramos, junto ao cemitério de Benfica.


Fotografia de Vítor Vieira (2013)




Parece que ficou " órfão" em relação aos trabalhos efetuados há alguns anos naquela zona do cemitério.
E não se sabe ao certo o que está previsto para ali, sendo inegável que merecia, em jeito de continuidade, um tratamento idêntico.




Fotografias de Vítor Vieira (2013)



Em 2011, dois moradores da Rua João Ortigão Ramos decidiram plantar um minúsculo arbusto no meio daquele triste descampado, provavelmente, por já estarem fartos de vislumbrar o local nas condições em que se encontrava.

Seguindo-lhes o mote, lançámos, neste blogue, um apelo a todos os vizinhos daquela rua, para que se unissem e começassem a plantar os seus próprios arbustos ou plantas naquele espaço votado ao abandono (ficando, paralelamente, encarregues de regarem periodicamente as suas plantações); replicando, assim, as boas práticas e exemplos de outros jardins criados pelos próprios moradores, na nossa freguesia (ver aqui, aqui e aqui).

Este apelo surgiu por considerarmos que, enquanto cidadãos, todos nós temos direitos, mas, também, deveres cívicos que podemos (e devemos) exercer, de modo a criar uma melhor vida em sociedade (não só para nós próprios, como também para os outros!)…
Pelo que podemos tomar nas nossas mãos o destino dos espaços públicos em que habitamos, os quais, na grande maioria dos casos, são longamente votados ao abandono e deterioração pelas entidades que os deveriam reger.





Fotografias de Maria Cecília Carril (2013)



E foi com muito agrado que vimos serem plantadas algumas árvores e arbustos neste espaço vazio da nossa freguesia.
É mesmo caso para dizer que Benfica está mais verde
por acção dos seus moradores!
Qualquer que seja a utilização futura que venha a ser dada a este vazio urbano da nossa freguesia, fazemos votos para que este trabalho de jardinagem dos moradores não venha a ser comprometido (ou destruído).




segunda-feira, 18 de março de 2013

Roteiro de Azulejaria em Benfica (5)





(por Vítor Vieira)




Rua dos Arneiros, nº 33






Fotografias de Vítor Vieira (2013)


Este edifício parece abandonado. Se assim for, é duplamente pena, pois não há pessoas e tem uma fachada bem bonita!










domingo, 17 de março de 2013

"Venha plantar uma árvore" na Mata de Benfica




(texto e vídeo de Câmara Municipal de Lisboa)



O Parque Silva Porto, também conhecido por Mata de Benfica, está mais verde.

Reaberto em fevereiro, após limpeza da mata e das árvores derrubadas pelo temporal no início do ano, a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Benfica, promoveram, dia 16 de março, a iniciativa “Venha plantar uma árvore connosco. Ajude-nos a tornar Benfica mais verde!”.


 






A poucos dias do início da primavera, a população de Benfica deslocou-se a um “local de que tanto gosta”, e ajudou a “devolver o parque ao seu esplendor”, respondendo ao apelo da Junta de Freguesia, como lembrou a sua presidente, Inês Drummond, que agradeceu à Câmara Municipal de Lisboa, a confiança depositada com a transferência da gestão deste espaço para a Junta.
A intervenção passou, também, pela recuperação do parque infantil, do parque de merendas e do lago, e foi anunciada a instalação de 2 campos de Padel, cuja gestão ficará a cargo do “vizinho” Clube Futebol Benfica, representado nesta iniciativa pelo seu cujo presidente, Domingos Estanislau.
Paralelamente, foi reaberto o Bx-Benfica Extreme Adventure Park, um espaço de aventura e sensibilização ambiental, que, para além dos pacotes aventura e workshops, oferece também festas de aniversário, e Team Building Activities.

Mais de cem árvores, de quinze espécies diferentes, foram plantadas, substituindo as 37 abatidas, fruto da colaboração entre o município e a freguesia, que Sá Fernandes agradeceu, lembrando a importância deste parque “para Benfica e para a cidade”, uma merecida homenagem ao pintor Silva Porto, “um homem da natureza”.

António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, lembrou as diversas iniciativas que irão marcar esta semana, e que culminarão no próximo sábado, na Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina, com a abertura do Espaço Público da Ribeira das Naus. Um espaço central de Lisboa, importante para a sua população, tal como é “cada espaço em cada freguesia”, disse o autarca.

A parceria com as juntas de freguesias é, nas palavras de António Costa, “a melhor forma de gerir bem os espaços verdes”, considerando que a transferência definitiva das novas competências para as freguesias, a partir de 2014, permitirá “uma cidade mais bem governada”, por entidades que estão “mais perto da realidade local”. Este parque, um dos espaços verdes mais emblemáticos da freguesia, é um pequeno bosque plantado em 1880, por João Carlos Ulrich, no sentido de embelezar o seu Palácio da Feiteira. Deve o seu nome ao pintor António Francisco Ferreira da Silva, que adotou o nome da cidade onde nasceu (Silva Porto, Angola).





Ver aqui outra informação sobre esta iniciativa.




quinta-feira, 14 de março de 2013

REUNIÃO DESCENTRALIZADA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA EM BENFICA





Para ouvir mais de perto o que os cidadãos têm para dizer sobre as zonas da cidade onde vivem, a Câmara Municipal de Lisboa organiza, mensalmente, reuniões públicas descentralizadas.



REUNIÃO DESCENTRALIZADA DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA 


03/04/13 - 18h30 



Escola Secundária José Gomes Ferreira
(em Benfica)





Direitos de autor da imagem: Câmara Municipal de Lisboa (2013) 


[clicar na imagem para ampliar] 



INSCRIÇÕES

- Na Junta de Freguesia de Benfica - dia 22 de Março, das 10h às 12h; 

- Por telefone (21. 322 72 89), fax (21. 817 12 74) ou e-mail (sg.daosm.dacm@cm-lisboa.pt), até ao dia 22 de Março às 18h, com indicação do contacto telefónico e do assunto a tratar. 


O número de intervenções é limitado a 20 munícipes. Será dada prioridade a assuntos da Freguesia e de interesse público.




Ver aqui as Reuniões Descentralizadas já ocorridas na nossa freguesia.







quarta-feira, 13 de março de 2013

Roteiro de Azulejaria em Benfica (4)






(por Vítor Vieira) 





No painel exterior no muro da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, os saloios de Benfica...








Fotografias de Vítor Vieira (2013)







terça-feira, 12 de março de 2013

CLUBE DO ESPAÇO ULMEIRO



Fotografia de Alexandra Carvalho (2011)



Amigas/Amigos,

Pensando na forma de melhorar e ampliar e sobretudo dar alguma estabilidade ao nosso trabalho neste momento difícil que o sector do livro (e não só, claro!) atravessa, resolvemos lançar uma ideia com essa finalidade.
É imperioso conseguirmos um modelo de funcionamento 
neste ESPAÇO ULMEIRO que estabilize as receitas em níveis suficientes para os encargos mensais inerentes ao funcionamento.

Quando iniciámos este trabalho em Benfica realizámos um conjunto de iniciativas culturais e de resistência que marcaram a época  e  mobilizaram à volta do espaço inúmeras pessoas. Entre muitas realizações aqui estiveram, entre tantos, Mário Viegas, Zeca Afonso, Carlos Paredes, Chico Fanhais, Manuel Maria (poeta galego), Benedito (cantor galego), Lawrence Ferlinghetti, Natália Correia, David-Mourão Ferreira...
E lançámos o CLUBE JUVENIL ULMEIRO com as suas sessões de cinema ao sábado de manhã que tantos ainda hoje recordam.

A ideia seria lançarmos agora um "CLUBE DO ESPAÇO ULMEIRO" que garantiria o tal suporte financeiro mínimo à loja e proporcionaria uma série de vantagens aos sócios:

1. Descontos de 20% em todos os livros e produtos à venda na loja;

2. Informação antecipada sobre todos os livros a editar com a marca Fólio Exemplar com a garantia do desconto de 20% sobre o preço de venda ao público;

3. Envio de convites por mail sobre todas as sessões culturais a realizar no Espaço ou fora dele, nomeadamente lançamento de livros, sessões de leitura para crianças e adultos, workshops sobre arte e literatura, encontros com artistas (escritores, pintores, músicos, etc.), os nossos já célebres "Jantares com livros, poesia e, às vezes, música", etc.

4. Utilização gratuita do Espaço Ulmeiro pelos associados para sessões de lançamento de livros, revistas, etc. ou quaisquer sessões que queiram organizar desde que combinadas connosco. 

5. Para a Inscrição neste "CLUBE DO ESPAÇO ULMEIRO" a loja cobrará uma jóia de 5€ e o associado garantirá uma compra mínima de 15€ por trimestre directamente na loja ou através dos nossos boletins bibliográficos, em compras no nosso site em construção, ou sobre as edições da Fólio, ou ainda directamente no maior site de livros do mundo onde também  estamos representados:   http://www.iberlibro.com/libreria/FOLIOEXEMPLAR

6. O pagamento da jóia poderá ser efectuado directamente na nossa Sede na Av. do Uruguai, 13A - 1500-611 Lisboa ou através do NIB 0033 0000 45390038672 05 (enviar, pff., comprovativo da transferência para o seguinte e-mail: folioexemplar@gmail.com).

Para os clientes sediados no estrangeiro será através do

IBAN PT 50 0033 000045390038672 05
Bic/Swift
BCOMPTPL

 7. Para agradecer a inscrição de associado e o pagamento da jóia de 5€ a loja devolverá ao cliente o valor da jóia com a escolha de um livro de uma lista bibliográfica que elaboraremos para esse efeito. No caso de envio pelo correio será necessário acrescentar 2.50€ para uma parte dos portes de envio pelos Correios. 

8. Após o pagamento da jóia a inscrição como associado funcionará de imediato 
e entram em vigor as regalias aqui enunciadas. 

Contamos convosco neste objectivo de conseguirmos, para já, 500 sócios!




domingo, 10 de março de 2013

Os vazios urbanos na freguesia de Benfica (4)






(por Vítor Vieira)



Rua dos Arneiros, junto ao nº 5... 







Fotografias de Vítor Vieira (2013)




Este espaço tem a particularidade de lá ter aquela "peça" em pedra, cuja função desconhecemos.

Julgamos que a peça deveria ser mais dignificada. Porventura, inserida no local, quando este fosse devidamente tratado pelo seu proprietário, seja particular ou entidade pública.







sábado, 9 de março de 2013

"Venha plantar uma árvore" - 16/03/13 na Mata de Benfica





(por Alexandra Carvalho)




Depois do temporal que se abateu por todo o país a 19 de Janeiro, e do estado em que o Parque Silva Porto ficou com a queda de algumas árvores, a Mata de Benfica foi encerrada ao público durante um exagerado período de tempo, por motivos de segurança e para ser efectuada a sua limpeza.

Muito logicamente, e vendo a reduzida quantidade de funcionários destinados a esta tarefa, bem como detectando uma série de outras irregularidades em relação a esta encerramento (entre as quais se incluêm o abate de árvores que, supostamente, se encontravam em risco de queda, mas não estavam; bem como o facto de diversos bancos do jardim não terem sido danificados pelo temporal e, posteriormente, ao encerramento da Mata ao público terem aparecido todos partidos), inúmeros residentes de Benfica protestaram junto das entidades competentes e da comunicação social (para além disso, na Assembleia Municipal de Lisboa, alguns partidos políticos questionaram, também, a CML sobre o encerramento do Parque Silva Porto).

A Mata de Benfica reabriu ao público a 9 de Fevereiro, tendo a Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Benfica aproveitado para, de uma forma bastante populista (não esquecer que estamos em vésperas de eleições autárquicas, e que as obras que vão ser efectuadas brevemente na Mata de Benfica, também, não surgem por acaso - nomeadamente, depois de terem estado pendentes, por tanto tempo, apesar de haver dinheiro para tal!!!!), efectuar o convite, junto da comunicação social, "(...) a toda a população de Benfica e os amigos do Parque a participarem numa plantação conjunta de mais de 100 árvores novas, para compensar a destruição causada pelo temporal" (tendo sido, nesse sentido, que surgiu uma publicidade em algumas árvores de Benfica, utilizando um tipo de código nada acessível para a maioria da população - comprovando que, infelizmente, continuamos a viver num país de ilusões e pretensiosismo, onde nem os nossos publicitários sabem fazer estudos de diagnóstico sobre as populações às quais as suas campanhas se dirigem, nem a própria Junta de Freguesia de Benfica sabe investir em formas de divulgação que apelem massivamente à população).



 Fotografia de Alexandra Carvalho (2013)



E é, desta forma, que surge a iniciativa da Junta de Freguesia de Benfica, divulgada ontem à tarde (através de colocação de faixa no gradeamento da Mata de Benfica), de, no próximo dia 16 de Março, às 10 horas, convidar a população a plantar conjuntamente uma árvore no Parque Silva Porto ("Aproveite ainda a reabertura do nosso parque aventura BX e venha viver uma aventura.").

Estão todos convidados (sobretudo - dizemos nós - aqueles que, diariamente, frequentam e usufrêm desta Mata centenária!)! Apareçam!!!!